depois do imbróglio

José Mauro Coelho é eleito presidente da Petrobras e deve manter política de preços

Depois de confusão na sucessão, estatal terá o terceiro presidente no governo Bolsonaro e população continuará pagando caro pelo combustível

Valter Campanato/Agência Brasil
Valter Campanato/Agência Brasil
O novo indicado por Jair Bolsonaro deve assumir companhia ainda nesta sexta-feira

São Paulo – A Petrobras tem novo presidente a partir desta quinta-feira (14). O engenheiro José Mauro Ferreira Coelho – indicado por Jair Bolsonaro (PL) – foi eleito pelos conselheiros da estatal e deve assumir ainda hoje, em substituição ao general Joaquim Silva e Luna, que preside a empresa desde abril de 2021.

Ontem, Ferreira Coelho já havia sido aprovado pela assembleia-geral de acionistas da companhia para integrar o Conselho da Administração. Ele é o terceiro presidente da Petrobras em três anos do governo Bolsonaro. Antes de Silva e Luna, a estatal foi comandada por Roberto Castello Branco, de janeiro de 2019 a abril de 2021. Em nota, a Petrobras afirmou que na gestão de Joaquim Silva e Luna a empresa “consolidou sua posição financeira se tornando uma empresa forte e saudável”.

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Na semana passada, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), por meio de seu coordenador, Deyvid Bacelar, afirmou que “Bolsonaro escolheu mais um burocrata e defensor das privatizações para presidir a Petrobras”. O dirigente disse ainda encarar a escolha de Coelho para presidir a estatal “com grande preocupação”. Na opinião de Bacelar, ele “parece mais um burocrata, conveniente, cordato e defensor das privatizações e da atual política de preços dos combustíveis”, na opinião do dirigente.

A escolha do novo presidente da estatal foi cercada de confusão. Indicado anteriormente por Bolsonaro, Adriano Pires desistiu depois de muito pressionado. Seu nome representava “conflitos de interesses”, já que ele tinha fortes ligações com o mercado.

Com o novo presidente, a política de preços de combustíveis não deve mudar. Ferreira Coelho defende a paridade de preços de importação (PPI), pela qual o reajuste, em dólar, varia de acordo com os preços internacionais. 

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