Para 4,5% ao ano

Nova redução de juros: sindicalistas veem conservadorismo, empresários elogiam

Na última reunião de 2019, Comitê de Política Monetária fez mais um corte de maneira unânime, enxergando condições favoráveis para economia brasileira

Beto Nociti/BC/Divulgação
Beto Nociti/BC/Divulgação
Para o Banco Central, existe 'tração' na recuperação da economia brasileira

São Paulo –Em outra decisão esperada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros (Selic) em meio ponto percentual, para 4,5% ao ano. A decisão foi unânime, ao encerramento dos dois dias de reunião, a última de 2019, no início da noite desta quarta-feira (11). Foi o quarto corte seguido. A próxima reunião será em 4 e 5 de fevereiro.

Segundo informe divulgado logo depois do encontro, “o processo de recuperação da economia brasileira ganhou tração”, e o Copom avalia que essa retomada seguirá em ritmo gradual.  O colegiado vê ainda no cenário externo “ambiente relativamente favorável para economias emergentes” e inflação “em níveis confortáveis”.

A Força Sindical divulgou nota em que considera a decisão tímida e insuficiente para impulsionar a “debilitada” economia brasileira. “O governo, com seu velho e costumeiro conservadorismo, segue mantendo a economia estrangulada, inibindo os investimentos no setor produtivo, que gera emprego e renda, e impedindo a geração de novos postos de trabalho formais, cuja falta vem penalizando milhões de famílias brasileiras”, afirma o presidente da entidade, Miguel Torres.

Já o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que hoje (11) fez homenagem a Jair Bolsonaro, considerou a decisão acertada. “Essa medida reduz o custo da dívida pública, mantém o Brasil no caminho de uma taxa compatível com as práticas internacionais e tem potencial para afetar toda a estrutura de juros no sistema financeiro nacional”, afirmou. “É necessário avançar com mais celeridade na microeconomia das taxas de juros para promover a redução dos spreads e do custo de capital para as empresas.”

 

Leia também

Últimas notícias