‘Swing out sister’ toca pela primeira vez no Brasil

A banda Swing Out Sister tocou na noite de sábado, no HSBC Brasil, em São Paulo (Foto: Taiz Dering) São Paulo – Parece incrível que a banda britânica Swing Out […]

A banda Swing Out Sister tocou na noite de sábado, no HSBC Brasil, em São Paulo (Foto: Taiz Dering)

São Paulo – Parece incrível que a banda britânica Swing Out Sister, surgida em 1985 e consagrada principalmente pelo hit “Breakout”, nunca tivesse vindo ao Brasil. Mas essa ausência de 26 anos foi interrompida em grande estilo, na noite de sábado (3), no HSBC Brasil, em São Paulo, graças a um revival atual que tem trazido ao país vários ícones esquecidos, outros nem tanto, dos anos 80.

O grupo entrou no palco exatamente no horário e a sempre simpática vocalista Corinne Drewery, a única restante da formação original, assim como o tecladista e arranjador Andy Connell, fez questão praticamente, durante toda a uma hora e meia de show, de se comunicar com o público em português e manifestar o prazer de estar no país. “Estamos muito felizes de finalmente virmos ao Brasil”, declarou. Houve também citações do clássico da bossa nova, “Águas de Março”, de Tom Jobim, e, quase no final, de “Ponta de Areia”, de Milton Nascimento.

Como fashion designer que é e acompanhada de outros cinco músicos e uma backing vocal, que tiveram a oportunidade de apresentar números solos, Corinne Drewery esbanjou elegância com seu cabelo chanel e um vestido preto e branco, coberto com um xale colorido. Em meio a um show bastante cool, com iluminação baseada em tons sóbrios, ela também colocou todo mundo para dançar ao som de sucessos como “Twilight World”, “Waiting Game”, “Don’t Say The Word”, “Forever Blue” e o cover “Am I The Same Girl”, de Barbara Acklin, e “La-La (Means I Love You)”, dos Delfonics. Também foi apresentado um trecho de “I’ll Be There”, dos Jackson 5 e canções do álbum mais recente, “Beautiful Mess”, de 2008.

Tão inexplicável quanto a ausência no Brasil é o sucesso do grupo, que surgiu na marcante casa noturna Haçienda, em Manchester, na Inglaterra, praticamente na mesma época que bandas como New Order e Smiths. Mas, em vez de pós-punk, ele veio com um soft pop, com pitadas jazzísticas e influência de bossa nova, na linha de outros grupos britânicos, como Everything But The Girl e The Style Council. O único motivo é o fato de realizar um som comercial, capaz de emplacar vários hits nas rádios ao longo da década, mas sem abrir mão da competência de seus integrantes.