‘Nossa geração perdeu uma referência intelectual”, afirma Dilma sobre Millôr

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (28) a morte de Millôr Fernandes. Em nota, Dilma destacou as múltiplas habilidades de Millôr e disse que, com a morte dele, […]

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (28) a morte de Millôr Fernandes. Em nota, Dilma destacou as múltiplas habilidades de Millôr e disse que, com a morte dele, o Brasil perde uma referência intelectual.

“Millôr Fernandes foi um gênio brasileiro, um ícone do humorismo. Brilhante jornalista, com a mesma maestria tornou-se escritor, cartunista e dramaturgo. Autodidata, traduziu para o português dezenas de obras teatrais clássicas. Atuou em diversos veículos de comunicação, além de ter sido fundador de publicações alternativas. Com sua morte, o Brasil e toda a nossa geração perdem uma referência intelectual”, disse Dilma, em nota divulgada pelo Palácio do Planalto.

Ao participar de evento em Brasília, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, também lamentou a morte do jornalista. “Millôr acompanhou a nossa geração toda, sempre ilustrando com um humor muito inteligente como ele observava a realidade.” Para a ministra, Millôr fará falta, mas “o importante está aí, os livros dele”. É preciso pensar no que o escritor deixou, na sua obra, acrescentou Ana de Hollanda. “Ele partiu, mas sua obra está aí. Temos de agradecer pelo que ele deixou.”

Depois de várias internações, Millôr Fernandes, de 88 anos, morreu ontem (27) à noite na casa dele, no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Amanhã (29), a partir das 10h, o corpo será velado no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária, e, em seguida, cremado.

Millôr escreveu o primeiro livro aos 10 anos e não parou mais. Trabalhou em jornais e revistas. Na revista O Cruzeiro, durante anos a principal do país, ele assinou a coluna Pif-Paf. Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, que se tornou emblema da crítica à ditadura militar (1964-1985). Millôr também traduziu obras clássicas de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.

 

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