Disco homenageia escritor beat Jack Kerouac

Álbum com 12 canções será lançado no dia 20 de outubro e servirá de trilha para um documentário a respeito do período que o escritor passou na região de Big Sur, na Califórnia

Nova York (Billboard) – O músico country-alternativo Jay Farrar se juntou a Ben Gibbard, da banda Death Cab for Cutie, para um álbum em homenagem ao escritor beatnik Jack Kerouac, chamado “One Fast Move or I’m Gone: Kerouac’s Big Sur” (“Uma manobra rápida ou vou embora: o Big Sur de Jack Kerouac”).

As 12 canções do álbum serão lançadas em 20 de outubro pela F-Stop/Atlantic, e servirão de trilha para um documentário a respeito do período que o escritor passou na região de Big Sur, na Califórnia. As composições e gravações vinham sendo feitas desde 2007.

Farrar e Gibbard são fãs de Kerouac há muito tempo e, segundo Farrar, tiraram 90 por cento das letras das músicas do romance “Big Sur” (1962), inclusive um poema que aparece como adendo ao livro – “Mar: sons do oceano Pacífico em Big Sur.”

“Eu não conhecia Jay antes, e nos encontramos num estúdio com a equipe do filme, piscando um para o outro, mergulhando direto nas sessões de gravação,” disse Gibbard à Billboard.com.

“Naquela primeira sessão, fizemos três ou quatro músicas juntos. Tivemos a trepidação de realmente não nos conhecermos; de sermos apresentados em tempo real, conforme registrávamos uma bela gravação.”

Gibbard e Farrar dividem os vocais, com a participação de Brad Sarno e Aaron Espinoza na faixa título, e Mark Spencer tocando vários instrumentos. Farrar também toca guitarra, percussão e gaita, e Gibbard participa como guitarrista e baterista em algumas faixas.

“Havia uma familiaridade com as palavras de Kerouac,” disse Farrar. “Havia um elemento de um menino tomando conta de uma confeitaria, de certa forma. O método de escrita de Jack – a ideia de que você receber ideias cruas, o método do fluxo de consciência -, sempre o apreciei.”

Farrar disse também que a pré-produção foi mínima, “essencialmente uma desconstrução do processo de gravação.”

“Não foi tanto uma sessão de gravação sem esforço, mas era como se as músicas estivessem no banco do motorista,” acrescentou Gibbard. “Estávamos muito conscientes de não superproduzi-las e acrescentar camadas de vocais ou ‘overdubs’. Fazendo minha própria demo caseira, sou um notório usuário do ‘overdub’. Eles (Farrar e Spencer) mantiveram isso realmente esparso, e fiquei realmente atraído por isso. Como algumas poucas coisas acontecem: não há muitos adornos, e eu gosto disso.”

Fonte: Reuters