“Lula, o Filho do Brasil” foi publicado, em livro, pela Editora Fundação Perseu Abramo em 2002. Foi inspirado na obra de Denise Paraná que o filme de mesmo nome, com roteiro assinado pela autora junto de Daniel Tendler e Fernando Bonassi, foi realizado. Depois da produção, Denise elaborou nova versão, mais enxuta.

“A História de Lula, o Filho do Brasil” (Editora Objetiva, 144 páginas) é “um romance de não-ficção”, segundo a própria autora, em que os trechos de maior carga dramática são apresentados.

A jornalista Denise Paraná trabalhou com Lula em 1989 e nos anos 1990. De tanto ouvir as histórias do chefe, deixou de lado uma tese de doutorado na USP sobre a mão de obra feminina no início da industrialização e pediu para entrevistá-lo. Faria da narrativa biográfica a sua nova tese.

O então dirigente petista toparia, mas com condições: “Se for para fazer um panfleto, puxar meu saco, eu não topo; agora, se você ajudar a explicar como é que eu surgi, vou arranjar um jeito”. Daí saiu a obra que deu origem ao filme, uma tese de 500 páginas.

“Esse livro esclarece isso (como Lula surgiu) e muita coisa mais”, descreve Antonio Candido. “Fazendo o leitor sentir como o dirigente e o partido se construíram como vasto esforço para arrancar os oprimidos da ‘cultura de pobreza’ e, passando pela ‘cultura da transformação’, aqui encarnada em Lula e sua família, lutar por aquilo que é a essência do socialismo, o esforço para chegar a uma sociedade na qual a distribuição dos bens seja pelo menos tão importante quanto a sua produção”, prossegue.

O livro dedica boa parte de suas páginas a apresentar o papel de dona Lindu na vida do filho que, mais tarde, se tornaria presidente da República.

Ouça entrevistas com Denise Paraná no Jornal Brasil Atual

parte 1

e

parte 2