Após começo bem-sucedido, festival BaixoCentro, em São Paulo, tem atividades durante toda a semana

Atividades culturais gratuitas vão até dia 1º de abril

Os organizadores do festival não pediram autorização à prefeitura para realizar o evento porque propõem ocupar espaços públicos, como o Minhocão (Foto: © Isadora Brant. Folhapress)

São Paulo – Shows, exposições, sessões de cinema, performances e outras atividades difíceis de serem nomeadas tomam conta dos arredores do Minhocão, em São Paulo, no festival BaixoCentro, uma proposta colaborativa promovida por uma rede de produtoras e coletivos com a intenção de que o espaço público não seja apenas para passagem, mas para convivência. 

Desde o último sábado (24), e até o próximo domingo (1º de abril), as ruas dos bairros da Santa Cecília, Vila Buarque, Barra Funda, Luz e Campos Elísios ficam ocupadas, assim como os centros culturais da região, por mais de cem atividades socioculturais. O BaixoCentro é um festival colaborativo 

O festival começou na sexta-feira passada (23), pela manhã, no cruzamento da Avenida São João com a Rua Helvétia, no centro, quando carros, pedestres e bicicletas pintaram com tintas solúveis em água o asfalto e as calçadas. A inauguração se deu no Cinóia, uma exibição de sessões de curtas metragens debaixo do Minhocão. De lá, saiu um cortejo até o Largo da Santa Cecília. Até o dia 1º, haverá uma série de atividades ao ar livre e dentro de centros culturais dos bairros compreendidos. É tudo gratuito.

Não há uma curadoria no BaixoCentro, mas uma “cuidadoria”, de acordo com com Leonardo Soletto, integrante do coletivo Casa de Cultura Digital, que iniciou o movimento do BaixoCentro.  O festival é “horizontal e aberto”. Em chamada pública, as atividades foram propostas por canais na internet e discutidas por todo o grupo promotor do festival. 

O financiamento do evento é coletivo, por meio do site de arrecadações cartarse.me. Não há nenhuma organização privada ou estatal que o sustenta. Soletto conta que  três empresas já entraram em contato com os organizadores. “Estamos abertos, mas parcerias com empresas só serão feitas se fizerem algum sentido e se estiverem de acordo com o que nós queremos”, afirma ele. 

Com a prefeitura de São Paulo, não houve nenhum diálogo. “A gente não pediu autorização, nem precisa, porque entendemos que as ruas são públicas”, diz Soletto. Essa é primeira edição do BaixoCentro, mas ainda é incerto quando ocorrerão as próximas. “É certo que haverá outras, mas não sabemos qual é a periodicidade, porque é tudo muito novo. Começamos a organização do festival em novembro do ano passado”, explica.

 

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