‘Aconteceu em Woodstock’ de Ang Lee chega às telas de SP
(Foto: Divulgação) São Paulo – Depois de fazer seis filmes dramáticos em 13 anos — incluindo “O Segredo de Brokeback Mountain” e “Desejo e Perigo” –, o diretor Ang Lee […]
Publicado 10/12/2009 - 16h57
São Paulo – Depois de fazer seis filmes dramáticos em 13 anos — incluindo “O Segredo de Brokeback Mountain” e “Desejo e Perigo” –, o diretor Ang Lee se lança agora em uma comédia ligeira com “Aconteceu em Woodstock”. O filme chega aos cinemas de São Paulo na sexta-feira, um mês após ter estreado no Rio de Janeiro.
Adaptado do livro autobiográfico de Elliot Tiber, com roteiro de James Schamus, parceiro habitual do diretor, “Aconteceu em Woodstock” recupera a história e o espírito de Woodstock — o festival de música de agosto de 1969 que atraiu cerca de 1,5 milhão de pessoas até as imediações de Bethel, no norte de Nova York, reacendendo o sonho de liberdade que provocara movimentos estudantis por todo o mundo um ano antes.
A história parte da experiência pessoal de Elliot (interpretado pelo comediante e roteirista Demetri Martin), cujos pais (Henry Goodman e Imelda Staunton), dois caipiras rudes, não conseguem atrair hóspedes ao seu hotelzinho na cidadezinha de White Lake, e estão à beira da bancarrota.
Bom filho, Elliot vem ajudar. O rapaz convida os organizadores de um grande festival de rock a levar o evento para sua região, onde os proprietários rurais estão ansiosos por encontrar atividades rentáveis.
Entre eles está Max Yasgur (Eugene Levy), que logo passará à História como o homem que alugou sua fazenda para o palco em que desfilaram The Who, Jimmy Hendrix, Joan Baez e a incrível sucessão de músicos de Woodstock.
A trama gira em torno dos bastidores da organização do festival, colocando em primeiro plano as experiências dramáticas ou confusas do próprio Elliot e da impressionante e numerosa fauna humana que se desloca para o lugarejo, cujo provincianismo será testado até o limite.
Como sempre, Ang Lee une o individual e o coletivo com muita verdade. Ele é bem-sucedido ao rir de leve sobre um acontecimento pop, mas nada inofensivo.
Assim, o filme sintoniza o espírito de uma época de tom libertário — em termos de comportamento, sexo, vestuário, uso de drogas, religião (ou falta dela) e a busca de uma relação harmônica e pacífica com a natureza. Temas que atravessaram décadas e gerações e integram a pauta política até hoje.
Fonte: Reuters
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