Sem-teto deixam acampamento em frente à prefeitura de SP e prédios ocupados

As famílias acampadas em frente à prefeitura de São Paulo desde a segunda-feira (26) decidiram desocupar o local na sexta-feira (30). Sem-teto que ocupavam o edifício Prestes Maia e do […]

As famílias acampadas em frente à prefeitura de São Paulo desde a segunda-feira (26) decidiram desocupar o local na sexta-feira (30). Sem-teto que ocupavam o edifício Prestes Maia e do INSS, na Nove de Julho também deixaram os imóveis, depois de conseguirem por escrito o compromisso dos governos federal, estadual e municipal de atendimento às reivindicações da Frente de Luta por Moradia (FLM).

De acordo com Osmar Borges, coordenador da FLM, uma audiência na sexta reuniu representantes do movimento com representantes da Caixa Econômica Federal, Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do estado de São Paulo (CDHU) e Secretaria Municipal de Habitação, na capital paulista. O encontro terminou com o compromisso dos órgãos governamentais de resolver os problemas dos sem-teto.

Borges explica que a Caixa vai prorrogar o prazo das cartas de crédito de 229 famílias que estavam no edifício Prestes Maia e aumentar o valor do crédito até R$ 100 mil. Com a decisão, as famílias desocuparam o prédio no sábado (1º). Uma comissão formada por representantes das três esferas de governo vão estudar a possibilidade de desapropriar e reformar o prédio para moradia popular.

Nesta segunda-feira (03), o prédio do INSS foi desocupado pelos sem-teto com a promessa de que até junho será assinado convênio para viabilizar a reforma do local, com recursos do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, para 136 habitações. A prefeitura prometeu prorrogar o bolsa-aluguel para as famílias em estado emergencial.

A reivindicação dos acampados em frente à prefeitura também deve ser atendida, com a desapropriação do terreno Alto Alegre, que 840 famílias já ocupavam anteriormente, ou de outro terreno que possa abrigar a construção de moradias. Estudo da CDHU deve indicar o local. As famílias também serão atendidas pelo programa “Minha casa, Minha Vida”.

Segundo Borges, estudos e convênios devem estar prontos até junho. O representante da FLM faz um balanço positivo das negociações, mas avisa que se as ações previstas na ata da reunião entre governo e movimento de moradia não forem cumpridas, o movimento volta a se manifestar. “O prazo para eles é setembro. Depois disso voltamos de novo para as ruas, com força maior”.