Metrô, trem e ônibus

Alckmin e Haddad pedem R$ 17,3 bilhões para obras de mobilidade urbana

Também em reunião com o Ministério do Planejamento, governador e prefeito do Rio reivindicam R$ 4,3 bilhões para melhorias no transporte

Arquivo RBA

Verba será usada para ampliação de metrôe, tens e corredores de ônibus, além de melhorias nas estações

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) estiveram na manhã de hoje (8) com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para negociar um plano de investimentos em mobilidade urbana. Os governantes paulistas pediram R$ 17,3 bilhões para o setor.

Desse total, prefeitura calcula em R$ 6,5 bilhões os recursos necessários para a execução de obras que privilegiem a ampliação do fluxo do transporte coletivo, como a construção de 150 quilômetros de corredores de ônibus. Haddad solicitou que o transporte público tenha um regime diferente de licenciamento ambiental, para agilizar os processos: “Em outros países funciona assim para metrô, ônibus, monotrilho, ferrovias urbanas e corredores de ônibus. O benefício do transporte público supera a eventual emissão de gases por veículos particulares”, informa a prefeitura.

O governo de São Paulo pleiteia R$ 10,8 bilhões para obras de expansão do metrô, do trem e de corredores metropolitanos e de melhoria das estações. “Os projetos englobam duas linhas de metrô. O prolongamento da linha 5 até o Jardim Ângela e da linha 2 entre a Vila Prudente e Tiquatira”, afirmou Alckmin em entrevista após o encontro.

Além disso, a verba seria usada para prolongar a linha 9 até Varginha, na zona sul, e para reformar 30 estações, além de um corredor metropolitano, ligando a região do ABC até Guarulhos, e um de Campinas a Sumaré. “Todos esses projetos são de transporte de alta capacidade e qualidade, para iniciar as obras em 90 dias e projetos para começar no ano que vem”, disse Alckmin, por meio do site do governo do estado.

A ministra disse que as solicitações dos estados e municípios seguem a prioridade do governo federal. “Todas as propostas apresentadas estão em linha com preocupação do governo de priorizar o transporte coletivo de massa”, disse à Agência Brasil. Miriam Belchior não definiu a procedência dos recursos – “Ainda estamos fazendo as contas” –, mas lembra que um montante de R$ 50 bilhões para investimentos em mobilidade urbana foi anunciado pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 24.

“Vamos trabalhar as informações para que a gente possa anunciar o mais rapidamente possível (a definição da destinação do dinheiro), se não na semana que vem, na outra semana”, disse a ministra.

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que a prioridade do governo para liberação de recursos dos estados são obras em transporte público. “O primeiro critério que será levado em consideração é a alta capacidade de transporte. A partir daí, vamos fazer novas reuniões para então decidirmos os recursos”, disse.

Rio de Janeiro

O governador fluminense, Sérgio Cabral, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (ambos do PMDB), também se reuniram com a ministra do Planejamento e pediram ao governo federal R$ 4,3 bilhões para obras de melhoria do transporte urbano. Do montante, R$ 2 bilhões serão direcionados para o governo do estado e R$ 2,3 bilhões para a prefeitura.

De acordo com Cabral, o dinheiro será aplicado na linha 3 do metrô, que ligará o Rio de Janeiro aos municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. A previsão é que a linha transporte entre 250 a 300 mil pessoas diariamente.

Questionado se São Paulo e Rio de Janeiro terão prioridade na concessão dos recursos, Ribeiro respondeu que o governo trabalha com todos os estados da federação, mas reconheceu que as cidades com mais problemas de mobilidade serão as primeiras a serem atendidas.

A ministra receberá ainda o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Com informações da Agência Brasil