Ao inaugurar obra contra a seca, Dilma afirma que país ‘vai derrotar’ o problema

Obra foi classificada como simbólica para o combate a seca no estado. Cerca 300 mil pessoas serão beneficiadas

Para presidenta, obra garante que combate da seca não seja usado politicamente (Foto:Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff classificou hoje como “simbólico” o projeto de um sistema adutor que beneficiária 300 mil pessoas afetadas pela seca no sudoeste da Bahia. A inauguração, realizada ao lado do governador Jaques Wagner, é feita no momento em que a falta de chuvas afeta todo o Nordeste, tema de reunião que à tarde com outros chefes de Executivo na região.

Segundo informações divulgadas pelo governos federal, a primeira etapa conta com  investimentos de cerca de R$ 136 milhões – oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – para a construção de 279 quilômetros de adutoras que captarão água do rio São Francisco, uma estação de tratamento de água, uma estação de tratamento de lodo, seis elevatórias e seis reservatórios, gerando uma vazão de 450 litros por segundo. 

Durante seu discurso, de 24 minutos, Dilma enfatizou a importância da obra para combater os efeitos da seca. “É simbólico porque é com obras assim que vamos resolver e vamos derrotar a seca. A gente sabe dentro da nossa condição de seres humanos que nós não controlamos o clima. Não controlamos o dia que chove, quanto não chove, porque em um ano chove mais do que em outro. Mas nós podemos garantir que a gente tenha instrumentos para que quando não chover a gente tenha água estocada. Que a gente tenha um açude, que a gente tenha uma adutora para captar água de um rio volumoso como é o São Francisco e levar água para a população de forma garantida. Chova ou faça sol”, disse em discurso.

A presidenta também falou sobre ações emergenciais tomadas pelo governo em momentos em que a seca está instalada para diminuir o impacto na vida das pessoas e lembrou iniciativas como o Bolsa Família e Estiagem e o programa de alfabetização na idade certa, lançado ontem. Ela  afirmou que a obra também objetiva “garantir que o combate a seca não seja uma volta atrás naquele passado antigo em que se usava a seca para extrair boa vontade ou extrair benefícios”.  “É importante que o Brasil resolva alguns problemas que tem anos e anos e anos que se repetem. Para o Brasil ser grande a Bahia tem que ser grande”, declarou.