Grupo Tortura Nunca Mais homenageia, no Rio, vítimas da ditadura

Medalha Chico Mendes de Resistência também será entregue a pessoas e organizações que se destacam na luta por direitos humanos no período recente

Luiz Eduardo da Rocha Merlino, militante do POC assassinado em 1971, é um dos homenagados (Foto: Reprodução)

São Paulo – O Grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro,  entrega amanhã (1º), aniversário do golpe de 1964, a Medalha Chico Mendes de Resistência a 10 pessoas (a maioria in memoriam) e duas organizações que se destacaram na luta por direitos humanos, durante a ditadura ou no período recente. A cerimônia será na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a partir das 17h.

É a 25º edição do evento, criado em 1988 em resposta à Medalha do Pacificador, do Exército, entrega a pessoas ligadas ao aparato de repressão. A Medalha também homenageia Chico Mendes, líder seringueiro do Acre assassinado naquele mesmo ano por fazendeiros.

Os homenageados de 2013 serão:

1 – Carlos Alexandre Azevedo (in memoriam), filho de presos políticos, torturado com 1 ano e oito meses de idade;

2 – Cícero Guedes dos Santos (in memoriam), líder do MST, assassinado em janeiro de 2013 no Norte Fluminense;

3 – Comissão Pastoral da Terra – CPT-Acre, instituição que defende comunidades tradicionais e trabalhadores rurais no estado do Acre;

4 – Daniel Ribeiro Callado (in memoriam), militante do PC do B, desaparecido político;

5 – Divino Ferreira de Sousa (in memoriam), militante do PC do B, desaparecido político;

6 – Luis Eduardo da Rocha Merlino (in memoriam), militante do Partido Operário Comunista – POC, assassinado na Operação Bandeirantes em 1971;

7 – Macarena Gelman – Argentina, filha de desaparecido político encontrada pelo avô;

8 – Movimento Mães de Maio – organização de mulheres que tiveram filhos assassinados em ações truculentas da Polícia Militar de SP;

9 – Octávio Brandão (in memoriam), político e ativista brasileiro, militante e teórico do Partido Comunista Brasileiro – PCB;

10 – Patrícia de Oliveira da Silva, da Rede de Comunidades e Movimento Contra a Violência;

11 – Regina dos Santos Pinho (in memoriam), integrante do MST, encontrada morta em fevereiro de 2013 no Norte Fluminense; e

12 – Silvio Tendler, documentarista brasileiro.  

Também haverá o lançamento da obra “Brasil, ditadura militar — Um livro para os que nasceram bem depois”, de Joana D’Arc Fernandes Ferraz e Elaine de Almeida Bortone.

A ABI fica na rua Araújo Porto Alegre, 71, 9º andar, Centro do Rio de Janeiro.

Com informações do site da ABI