Segurança para a Rio+20 terá efetivo condizente com importância da missão, diz coronel

Esquema de segurança se estenderá também aos locais próximos de onde será realizada a Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20

São Paulo — Por medida de segurança, o Comando Militar do Leste (CML), que coordenará o esquema de segurança  para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho próximo, no Rio, não está divulgando o efetivo que será empregado nas operações. O chefe da Comunicação Social do CML, coronel Saulo dos Santos, disse que o projeto “terá o efetivo necessário para o cumprimento da missão, em boas condições”.

Saulo dos Santos lembrou que o cenário que o Brasil vive hoje é diferente do existente há 20 anos, quando ocorreu  no país a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, conhecida como Rio-92. “As ameaças são outras, o cenário é outro”, disse. Por isso, o planejamento da segurança está sendo detalhado com base nas ameaças e nos meios disponíveis hoje.

O coronel assegurou que atualmente não existe mais, por exemplo, a ameaça direta do crime organizado atuando em várias comunidades do Rio, como havia em 1992, e que interferia diretamente na liberdade de ir e vir da população. “Mas continua sendo uma ameaça. Agora, o grau  em que ela vai ser considerada é diferente da ameaça que tínhamos”.

Esquema de segurança

Um amplo esquema de segurança está sendo montado pelas Forças Armadas e demais organizações da área da segurança, nos níveis federal, estadual e municipal, para a Rio+20.

Saulo dos Santos disse que a  meta “é garantir a segurança das delegações participantes, dos chefes de Estado e de Governo, em seus locais de hospedagem, durante os deslocamentos e nas áreas onde ocorrerão os eventos”.

A segurança se estenderá também às atividades que serão promovidas por movimentos sociais e organizações não governamentais (ONGs) no Aterro do Flamengo, durante a Cúpula dos Povos,  evento paralelo à Rio+20. “Todas as áreas, como o Parque dos Atletas, que é a ex-Cidade do Rock, o HSBC Arena, o Pier Mauá, o Aterro do Flamengo, são alvo da segurança também”.

A operação será exercida por terra, por mar e pelo ar. Além das Forças Armadas e das polícias Federal e Rodoviária Federal,  participam do projeto todos os órgãos de segurança pública do estado e do município do Rio (Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal).

“Todos os órgãos que têm atribuição de segurança estarão envolvidos, além de outros, como a Companhia de Engenharia de Tráfego CET-Rio)”, afirmou Santos.

Para que essa coordenação seja eficaz, será montado no CML, um Centro de Coordenação de Operações de Segurança. Ele estimou que mais de 40 órgãos estarão representados no centro, que começará a funcionar no dia 5 de junho e permanecerá em atividade até o fim das operações, que serão mantidas até depois da Rio+20. “Porque há o período de desmobilização”, explicou.

Com informações da Agência Brasil