A Organização Não Governamental Adote um Gatinho, oficializada em 2008, conta hoje com 115 animais para adoção. Não tem patrocínio de órgão público ou empresa privada, mas possui 41 voluntárias que cuidam dos bichos em suas casas.

Nem todos os gatinhos conseguem a adoção. Porém, são apadrinhados por pessoas que colaboram com quantias diversas e ficam sob os cuidados da ONG e das voluntárias.

Os valores e os nomes dos doadores estão expressos na internet. Por essa transparência, segundo a jornalista Juliana Bussab, diretora da ONG, a entidade é uma das que tem mais credibilidade e, consequentemente, mais ajuda financeira no segmento.

Juliana conta que quem adota o gato torna-se amigo dela e de Susan Yamamoto, também jornalista e diretora da ONG, com sede na Barra Funda, na capital paulista. Ali, elas cuidam em média de 15 animais idosos e com problemas graves de saúde, como leucemia.

“Algumas pessoas preferem o anonimato. E as que mais ajudam são aquelas que ajudam outras entidades e que também têm seus próprios animais em casa”, relata Juliana.

Apesar da grande quantidade de ração e areia que adquirem, tanto a ONG quanto as voluntárias não têm muitas facilidades, apenas algum desconto e a ampliação do prazo de pagamento. As regras de marca e qualidade dos produtos são estabelecidas pelas diretoras da Adote um Gatinho.

Quando os gatinhos encontrados ou doados estão em boas condições de saúde eles ficam à espera de adoção por um mês e meio em média. Já foram adotados 2.627 gatos por meio da ONG.

Para adotar o bichinho, é preciso oferecer segurança, ter condições para cuidar do animal e rede em todas as janelas, no caso de apartamentos, e muro alto, nas casas. “Além disso, o interessado precisa saber que a despesa média com o animal saudável é de R$ 150 por ano”, observa Juliana.

Proposta

O Adote um Gatinho foi criado com o objetivo de encontrar lares para os gatos que Juliana, Susan e os protetores de confiança encontram abandonados. Cada pessoa cuida de um grupo de animais e todos são reunidos no site. Ali, há foto e perfil de cada um, com o relato de como foi encontrado e com as características de sua personalidade.

Segundo Juliana, devido à falta de espaço, a ONG não recolhe ou resgata animais além da capacidade.

Outro enfoque da Adote um Gatinho é conscientizar as pessoas sobre a importância da castração, pois com isso menos filhotes nascerão sem lar e morrerão abandonados nas ruas.

Para Juliana, com a falta de respeito generalizada no mundo, fica difícil cobra respeito para os animais. “Mas sou otimista. Todos envolvidos na causa animal são pessoas estudadas e esclarecidas que estão envolvidas também com causas humanísticas”, diz.

Mais informações no site www.adoteumgatinho.org.br