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Mulheres da Contag reafirmam compromisso pela defesa de direitos

Em plenária nacional, agricultoras fazem balanço da participação das mulheres no campo e discutem conjuntura e estratégias

Contag

Trabalhadoras avaliam próxima edição da tradicional Marcha das Margaridas, em março do ano que vem

São Paulo – Cerca de 400 trabalhadoras e assalariadas rurais e dirigentes dos sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) estarão reunidas até hoje (11) em plenária naciona da entidade, em Brasília. O objetivo é fazer um balanço da participação das mulheres no campo e analisar a conjuntura econômica e política brasileira.

Na plenária, que começou na última quarta-feira (9), elas também estão ratificando os eixos da luta unitária e permanente por mais conquistas. “São três grandes eixos centrais. Para nós, a paridade é um dos grandes temas, pois após 50 anos de luta a gente efetivou a igualdade nos cargos da Contag. Mas também é um momento que profunda o desenvolvimento rural, para analisarmos quais são os desafios pela frente sem o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), e discutindo, principalmente, como nosso movimento vai precisar se fortalecer, agora, como organização específica para responder à altura dos desafios”, afirma a secretária das Mulheres da Contag, Alessandra Luna, em entrevista ao repórter Uélson Kalinowski, da TVT.

As trabalhadoras do campo também vão pressionar o Congresso e o Palácio do Planalto contra a Reforma da Previdência, que prevê o aumento da idade de aposentadoria especial rural. As mulheres, que atualmente podem se aposentar aos 55 anos teriam que aguardar até os 60 anos de idade. “Ela não vai aguentar chegar aos 60 anos. Como ela vai sobreviver sem aposentadoria? Vai chegar um momento que ela não aguenta mais trabalhar. Imagina uma mulher com 50 anos colhendo mandioca no sol quente. As pessoas vão para a cidade ou passar fome na agricultura”, diz Eliete Pianuzzi, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iporã (PR).

Preocupadas com o rápido avanço dos retrocessos e do conservadorismo, sobretudo a partir da chegada a poder de Michel Temer, elas também debatem a próxima Marcha das Margaridas, em 8 de março do ano que vem.

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