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Movimento negro paulista sai em marcha por mais consciência social a partir das 15h

Dia marca a luta por resistência, liberdade e por uma sociedade mais justa e igualitária

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São Paulo – O movimento negro paulista acaba de dar início à concentração para a realização da 11ª Marcha da Consciência Negra, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. A manifestação deste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, terá início às 15h, com falas de lideranças e apresentações culturais. Também será comemorado o centenário da capoeira.

Segundo o militante Joselício Júnior, o Juninho, do Círculo Palmarino, o dia marca a luta por resistência, liberdade e por uma sociedade mais justa e igualitária. “Mais do que um dia de comemoração, é um dia de reflexão, dia de apresentar uma plataforma política para a sociedade no sentido do enfrentamento e combate ao racismo”, disse à Rádio Brasil Atual.

O movimento tem uma plataforma de orientação para a luta que inclui reforma política, de forma que a representação negra conquiste maior representação parlamentar. “Para uma população de 51% de negros, ter menos de 20% no Congresso é muito pouco. Precisamos ampliar a participação tanto dos negros quanto das mulheres”, explicou Juninho.

Ele explicou também que o movimento quer democratização da mídia, para que os negros possam ter mais espaço, com representações dignas, “não aquelas que deturpam, que estigmatizam”.

Além disso, pede reforma nas políticas de segurança pública, com o fim dos autos de resistência, e a desmilitarização da polícia. “Vivemos um grande genocídio, principalmente dos jovens negros.”

Recursos para políticas de inclusão social também fazem parte das reivindicações. “Hoje a Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), conta com orçamento que representa R$ 0,60 para cada negro por ano. É preciso muito mais.” Além disso, educação, para mudar a consciência da sociedade, a regulamentação de leis antirracismo e a conquista da liberdade das expressões religiosas africanas.

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