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Manifestações contra o aumento da tarifa de transporte ocorrem em SP, RJ e BH na sexta

Movimento Passe Livre (MPL) retoma mobilizações contra reajuste tarifário e espera contar com apoio dos estudantes secundaristas na capital paulista

Adriano Lima/Brazil Photo Press

Passe Livre promete travar ruas e avenidas das capitais e manter mobilização até que os aumentos sejam revogados

São Paulo – O aumento da tarifa de Metrô, trem e ônibus, da capital paulista (de R$ 3,50 para R$ 3,80), e dos ônibus do Rio de Janeiro (R$ 3,80) e de Belo Horizonte (MG) (R$ 3,70) serão alvo de manifestações na próxima sexta-feira (8). O Movimento Passe Livre (MPL) convocou os atos e deve contar com apoio dos estudantes secundaristas que derrubaram a reorganização escolar que o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) pretendia realizar neste ano, fechando, pelo menos, 94 escolas, transferindo milhares de alunos e demitindo professores.

Em São Paulo, o reajuste de R$ 3,50 para R$ 3,80 passa a valer no próximo sábado (9). A tarifa com integração entre ônibus e trilhos aumentou de R$ 5,45 para R$ 5,92. A prefeitura e o governo estadual argumentam que o reajuste (8,57%) será abaixo da inflação medida pela Fipe (10,49%).

Além disso, o Bilhete Único Mensal não será reajustado, mantendo os atuais valores de R$ 140 para o modelo simples e R$ 230 para o modelo integração. Na capital paulista, o ato está marcado para as 17h, em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade.

No Rio de janeiro, a tarifa subiu de R$ 3,40 para R$ 3,80, um aumento de 11,7%. O valor está valendo desde o último sábado (2). Na capital fluminense, o protesto será na Cinelândia, às 117h. Em Belo Horizonte, a tarifa registra o terceiro aumento em um ano. No final de 2014, a passagem custava R$ 2,80. E desde o último domingo (3), subiu de R$ 3,40 para R$ 3,70, aumento de 8,82%. O ato será às 18h na Praça Sete, no centro da capital mineira.

“Como sempre, aparecem os argumentos de que ‘é a crise’ e ‘pelo menos o aumento está abaixo da inflação’. Mas quantos aumentos acima dela a população já aguentou até que a passagem chegasse ao preço exorbitante atual? Por que somos nós quem tem que tapar o buraco das ‘perdas’ nos ganhos dos empresários? E por que parece natural, em um momento de crise, que a saída seja tornar ainda mais excludente um sistema que já deixa muita gente de fora pra garantir que quem já ganha muito continue ganhando?”, questiona o MPL na convocatória do ato.