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Jovens criam aplicativo para mostrar cultura presente na Rocinha

“Passinho Dance” foi o primeiro game criado pelo coletivo; objetivo do projeto é servir como alternativa para que os jovens moradores da favela não sigam para o crime

Reprodução

Segundo Allison, ideia de criar o “Passinho Dance” surgiu do cotidiano dos jovens na comunidade da Rocinha

São Paulo – Para romper a barreira do preconceito, três jovens moradores da favela da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, criaram um aplicativo para celulares para mostrar a cultura produzida e consumida pelas comunidades cariocas.

A idealizadora do projeto e diretora da ONG Tunellab, Júlia Moura, afirmou em entrevista à TVT que por meio da iniciativa os jovens podem apresentar soluções para sua comunidade. “Ensinamos diversas ferramentas para o empreendedorismo e a tecnologia, para mostrar que é uma coisa que qualquer um pode fazer. Então, juntamos isso com o conhecimento dos jovens sobre o próprio território, para que eles desenvolvam as solução.”

O estudante Allison Cavalcante explica como o projeto serve como alternativa para os jovens moradores da Rocinha. “A Julia viu que os meninos vão pro tráfico porque querem status na comunidade, porque querem ajudar suas famílias que não tem dinheiro. Então, a Júlia pensou em criar uma escola de programação para que os meninos façam jogos, ganhem dinheiro e também tenham status. A ideia do “Passinho Dance” surgiu daí, para chamar a atenção dos jovens.”

Allison não vê barreiras para seus sonhos e para o “Passinho Dance”, aplicativo criado por ele. “Pretendo que chegue às comunidades do mundo, que muitas vezes são vistas de maneira errada. Por exemplo, na África tem muita gente que gosta do passinho e quer ser representado.”

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