Famílias do assentamento Milton Santos desocupam prédio do Instituto Lula

De acordo com nota do Instituto Lula, desocupação foi pacífica e não causou danos materiais ao prédio (Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula) São Paulo – Os 70 moradores do assentamento Milton […]

De acordo com nota do Instituto Lula, desocupação foi pacífica e não causou danos materiais ao prédio (Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

São Paulo – Os 70 moradores do assentamento Milton Santos que ocupavam a sede do Instituto Lula, na zona sul de São Paulo, deixaram o local na tarde de hoje (24). O prédio havia sido ocupado ontem pela manhã. O Instituto Lula informou, em nota, que a desocupação foi pacifica e que não ocorreu nenhum dano material. “Reiteramos nossa solidariedade à causa das famílias do assentamento. Esperamos que elas permaneçam nas terras onde vivem e produzem. Lamentamos, todavia, que o Instituto tenha sido colocado como parte de um problema que não está na sua alçada”, diz o texto.

A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no centro de São Paulo, continua ocupada. Os manifestantes aguardam uma reunião com o presidente do órgão, Carlos Guedes, para discutir alternativas para a desapropriação do terreno, marcada para o próximo dia 30.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) afirma que a única saída para o entrave é um decreto de desapropriação por interesse social assinado pela presidenta Dilma Rousseff. Há uma sentença judicial determinando sua devolução ao antigo proprietário, apesar de a área estar registrada em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No Milton Santos vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Incra em 2006, de acordo com o MST. Antes a área pertencia à família Abdalla e era utilizada pela Usina Ester. Devido à irregularidade no pagamento de impostos a propriedade foi repassada para o INSS.

A Usina Ester e a família Abdalla entraram com ação judicial pedindo a reintegração de posse da área. Em 28 de novembro de 2012, a 2ª Vara de Piracicaba da Justiça Federal determinou que a área fosse desocupada. Várias manifestações foram feitas pela continuação das 69 famílias no assentamento.

 

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