Desmatamento e obras geram pressão sobre terras indígenas, diz ONG

Estudo do Instituto Socioambiental (ISA) sustenta que crise econômica ajudou a reduzir o desmatamento na Amazônia

O documento aponta ainda que a crise econômica foi um fator positivo para a redução do desmatamento na Amazônia (Foto: Reprodução)

Apesar da redução do desmatamento na Amazônia, terras indígenas continuam sob outras formas de pressão, que tem impactos socioambientais. A conclusão é um dos pontos apontados pelo Atlas de Pressões e Ameaças às Terras Indígenas na Amazônia Brasileira, lançado nesta quarta-feira (9).

Entre as condições desfavoráveis aos territórios indígenas estão a expansão de infra-estrutura como estradas e hidrelétricas, além da exploração ilegal de madeira e minérios.

O documento aponta ainda que a crise econômica foi um fator positivo para a redução do desmatamento na Amazônia. “A crise econômica influenciou na queda da demanda internacional de carne e soja, por exemplo, o que acabou reduzindo todo o processo de expansão na região”, explicou Arnaldo Carneiro Filho, pesquisador do ISA.

“O que vem de fato controlando a curva do desmatamento é a demanda. Quanto maior a demanda, maior o desmatamento”, lamentou. Para Carneiro Filho, autor do Atlas, o resultado não permite comemorar.

Na opinião do pesquisador, a intenção do ISA ao criar o atlas foi gerar um produto que de fácil acesso e leitura, que atenda um público amplo, já que ele ilustra não só questões dos territórios indígenas, mas de toda a Amazônia Legal.

Com informações da Agência Brasil