Craque da solidariedade

Da Copa, Richarlison se solidariza com vítimas da violência nas escolas de Aracruz

Mesmo em meio à concentração na Copa, o centro-avante da seleção mandou recado carinhoso para as vítimas dos ataques no Espírito Santo. Nesta sexta, o filho de 16 anos de um militar usou as armas do pai e matou duas professoras e uma aluna de 12 anos. Deixou onze feridos

Lucas Figueiredo/CBF
Lucas Figueiredo/CBF
O craque da seleção, autor dos dois gols na estreia do Brasil, mandou recado de carinho para as famílias

São Paulo – O centro-avante da seleção brasileira Richarlison manifestou neste sábado (26) solidariedade às vítimas da violência nas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, seu estado natal. “Minha solidariedade e tristeza pelo que aconteceu ontem no meu estado, em Aracruz. Professoras e uma criança morta. Coisa impossível de acreditar que ainda aconteça. Muita força e carinho pras famílias e amigos”, disse o autor dos dois gols na vitória do Brasil sobre a Sérvia na estréia, por meio de sua conta no Twitter.

Nesta sexta-feira, um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas e matou duas professoras e uma aluna de 12 anos, ferindo ainda outras 11 pessoas em uma praia de Aracruz, no norte do Estado. O jovem, apreendido na casa da família  segundo a polícia, é filho de um policial militar.

Ele usou as armas do pai e o carro da mãe no ataque às escolas. Segundo as imagens, usava macacão e um chapéu camuflados, máscara com sorriso de caveira. Um cinto preto em volta da cintura estava preparado para guardar munições.

No primeiro ataque, em uma escola municipal, ele matou a professora de matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, 45 anos, e a de artes Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48. Em outra escola, a 1,6 quilômetros dali, matou uma alunas de 12 anos.

De acordo com o portal Uol, o pai do atirador compartilhou em sua rede social a imagem do livro “Minha Luta” (ou “Mein Kampf, em alemão), escrito em 1923 por Adolf Hitler. Nele, o nazista descreve pela primeira vez seus ideais antissemitas. A venda e circulação são proibidas em algumas cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro. Além disso é crime a apologia ao nazismo (lei nº 9.459/97). A pena é de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.