Papa no Brasil

Chegada de Francisco marca nova postura do que é ser papa, diz Frei Betto

Para assessor de movimentos sociais, maneira 'calorosa' nos primeiros compromissos no Rio mostra simplicidade e popularidade do pontífice

Tomaz Silva/ABr

Papa Francisco deixou os vidros do carro abertos no trajeto até a Catedral Metropolitana;

São Paulo – A chegada do papa Francisco ontem (22) ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude foi marcada por um trajeto pelo centro da cidade em que o pontífice recebeu a multidão que o esperava pelo caminho com bênçãos e abraços. Enquanto esperava o trânsito andar entre a base aérea do Galeão e a Catedral Metropolitana, Francisco se negou a fechar os vidros do carro em que estava, e teve assim contato bastante próximo as pessoas que o ovacionavam. Para o assessor de movimentos sociais e escritor Frei Betto, a maneira “calorosa” da chegada do papa Francisco mostrou o “quão popular ele é”, e marca uma nova postura do que é ser papa.

“Isso marca uma nova postura do que é ser papa. O João Paulo II, que é uma espécie de pop star, chegava nos países, deitava no chão, beijava o solo. O Francisco, com simplicidade, saudou as autoridades e abraçou os bispos e os cardeais”, disse, em sua coluna na Rádio Brasil Atual.

Frei Betto também ressalta que o papa Francisco conseguiu provocar uma reação na presidenta Dilma Rousseff há muito não vista em público. “Ele conseguiu fazer um milagre, a presidenta Dilma sorria. Há tempos que a presidenta, por razões óbvias, não aparecia sorrindo para nosso povo.”

Ouça aqui o comentário de Frei Betto na Rádio Brasil Atual.