São Paulo – A presidente Dilma Rousseff reuniu-se por quase quatro horas com ministros, entre a manhã e início da tarde de hoje (21), para analisar a extensão política das manifestações violentas ocorridas na noite de ontem em várias cidades do país, muitas delas, como em São Paulo, dominadas por grupos conservadores que transformaram a pauta da tarifa de ônibus em um movimento genérico contra a política, os políticos, os governos e até contra a democracia.

Não houve declarações oficiais após a reunião. A presidenta se reunirá à tarde com o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno Assis.

Dilma cancelou a viagem que faria ao Japão no próximo domingo. Segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, ela preferiu não se ausentar do Brasil por quase uma semana diante do cenário de instabilidade criado por estes grupos.

Ontem, Dilma permaneceu no Palácio do Planalto. O prédio teve a segurança reforçada no começo da noite, depois que manifestantes que estavam no Congresso Nacional tentaram se aproximar da sede do Executivo. Homens do Batalhão de Choque do Exército seguem a postos em torno do edifício. A presidenta deixou o Palácio do Planalto por volta das 20h30, com o esquema de segurança habitual, que inclui batedores e uma unidade de terapia intensiva (UTI) móvel.

As manifestações são acompanhadas no Planalto pela Secretaria-Geral da Presidência, responsável no governo pela articulação com movimentos da sociedade. O secretário executivo da pasta, Diogo de Sant’ana, recebeu ontem (20) de manifestantes um documento com reivindicações dirigidas à presidenta. Eles pedem uma reunião entre o governo e os vários grupos que “organizam” os protestos.

Com informações da Agência Brasil