Efeito dominó

Falhas na distribuição e alta demanda de energia podem explicar apagão

Problema chegou a paralisar a produção na usina de Angra 1, que ainda não voltou a funcionar. Causas ainda estão sendo estudadas

São Paulo – O Operador Nacional do Sistema Elétrico ainda não determinou as causas das falhas na distribuição de energia que levou ao apagão na tarde de hoje (19), que chegou a afetar a produção na usina nuclear de Angra 1, que foi desligada automaticamente pouco antes das 15 horas e que deverá voltar a operar apenas na madrugada.

No entanto, a agência avalia que restrições na transferência de energia das regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram uma redução na frequência elétrica a partir das 14h55. De acordo com o ONS, o problema aconteceu mesmo com uma folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN).

A redução na frequência teria levado à perda de unidades geradoras nas usinas Angra I, Volta Grande, Amador Aguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, a frequência elétrica caiu a valores da ordem de 59 Hz, quando o normal é 60 Hz.

Para restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS e os agentes distribuidores adotaram medidas que permitiram a normalização da situação às 15h45.

Por determinação do ONS, a CEB Distribuição, que opera no Distrito Federal, reduziu em 113 megawatts, desligando as subestações de Samambaia Oeste, Brazlândia, PAD/DF, Planaltina, São José, Vale do Amanhecer, São Sebastião e Sobradinho. Com isso, 154.654 mil unidades consumidoras ficaram sem energia de 15h às 15h40 e 2.346 unidades consumidoras atendidas pelas subestações PAD/DF e São José ficaram sem energia de 15h às 17h.

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