Rio

Cabral vai encerrar trabalhos de comissão ‘antivandalismo’

Procurador-geral de Justiça recomenda revogação de decreto após novas manifestações e argumenta que grupo 'alcançou bons resultados'. Uma das medidas foi a sugestão da proibição do uso de máscaras

Mídia Ninja/CC

Ontem, manifestante vestindo roupas do Batman foi o primeiro detido pela PM em ato no centro

São Paulo – O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira, encaminhou ofício ao governador Sérgio Cabral propondo a revogação do decreto que instituiu a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas (Ceiv). A informação foi divulgada na noite de ontem (26), por meio de nota, pela assessoria de comunicação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que informou ainda que Cabral concordou em adotar a medida.

No documento, Marfan destacou que, após dois meses de trabalho conjunto, “a comissão alcançou bons resultados e cumpriu seus objetivos”. A comissão foi criada por decreto do governador Cabral em 19 de julho, sendo integrada por representantes do Ministério Público, Secretaria Estadual de Segurança e polícias Civil e Militar. Partiu do grupo a ideia de criar uma lei para proibir a presença de pessoas com máscaras em manifestações.

Ontem, durante novo protesto, pelo menos oito manifestantes foram detidos pela polícia. A manifestação começou em frente à sede do Ministério Público. Os ativistas protestavam contra a comissão.

O primeiro manifestante foi detido por estar mascarado. Ele vestia uma fantasia do personagem Batman, que não quis mostrar o rosto nem se identificar. Quatro manifestantes também foram presos por usarem máscaras.

Mais três manifestantes foram detidos por envolvimento em uma briga. A Polícia Militar não informou para qual delegacia os detidos foram levados. Os manifestantes, a maioria integrantes do Black Blocs, se dirigiram para a Assembleia Legislativa, onde fizeram um ato em defesa do uso de máscaras em protestos. O grupo se juntou a professores em greve que estão acampados em frente ao Legislativo.

Com informações da Agência Brasil

Leia também

Últimas notícias