Em nota

CUT condena ataques a partidos e afirma que política ‘organiza a sociedade’

Central diz que há grupos interessados em se apropriar de mobilização para desestabilizar país em momento de desenvolvimento. Entidades sindicais se reúnem na terça

Danilo Ramos. RBA

“Não há democracia sem partidos, sindicatos e instituições livres”, diz a CUT sobre a hostilidade da última quinta

São Paulo – A CUT emitiu nota na noite de ontem (21) cobrando respeito à democracia, aos partidos políticos e aos movimentos sociais que ajudaram a conquistar direitos ao longo de décadas no Brasil, e lamentou o oportunismo de setores conservadores que tentam se apropriar da mobilização surgida nas duas últimas semanas no Brasil.

“A derrota da ditadura e a democracia que conquistamos indo para as ruas se devem à organização e à responsabilidade que os movimentos social e sindical sempre tiveram. É incontestável que não há democracia sem partidos, sindicatos e instituições livres. É a política que organiza a sociedade”, diz o comunicado, assinado pelo presidente da central, Vagner Freitas, e pelo secretário-geral da entidade, Sérgio Nobre. “A CUT continua nas ruas em defesa da pauta da classe trabalhadora e da democracia, contra o conservadorismo. Repudiamos todo e qualquer retrocesso!”

Os presidentes das centrais sindicais se reúnem na terça-feira (25) para debater a unificação de uma agenda de mobilizações em defesa da democracia, que consideram atingida por grupos de manifestantes que na última quinta-feira, especialmente durante protestos em São Paulo, queimaram bandeiras de partidos e de movimentos. Neste sentido, a CUT saudou a decisão do Movimento Passe Livre de não convocar mais atos para evitar a apropriação das mobilizações por pessoas contrárias à existência de um sistema partidário e das instituições políticas.

“A CUT repudia as ações violentas de grupos contrários à democracia que, de forma oportunista, levaram às ruas pautas conservadoras que apontam para o retrocesso, o preconceito, a intolerância e estimulam o ódio de classe”, continua a nota, que orienta sindicatos, federações e confederações a defender, “de forma pacífica e organizada”, as bandeiras fundamentais para o sistema democrático, o que inclui uma reforma política que fortaleça os partidos e a participação popular. “Esses grupos demonstram a clara intenção de desestabilizar o projeto de desenvolvimento que defendemos e que ajudamos a construir, tentam impor o retrocesso às conquistas e aos avanços sociais.”

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