Para funcionário da Secretaria de Justiça paulista, racismo não é fruto de ódio, mas de diferença

São Paulo – O coordenador de Políticas para População Negra e Indígena da Secretaria da Justiça paulista, Antonio Carlos Arruda, considera que a discriminação no Brasil não é fruto de […]

São Paulo – O coordenador de Políticas para População Negra e Indígena da Secretaria da Justiça paulista, Antonio Carlos Arruda, considera que a discriminação no Brasil não é fruto de um traço cultural, mas de uma questão ideológica. “A pessoa não discrimina porque odeia e sim porque considera o diferente um cidadão inferior, pertencente a uma subcategoria”, disse. 

A afirmação, registrada na página da Secretaria de Justiça na internet, foi feita na última quarta-feira (4), quando Arruda anunciou a abertura de processo sobre discriminação racial no caso do restaurante Nonno Paolo, na zona sul de São Paulo. A ação vai apurar a denúncia de que uma criança negra de 6 anos foi retirada do estabelecimento por um garçom que julgou ela seria moradora de rua e pedinte. “Se apurada a discriminação, o estabelecimento poderá ser multado”, disse o coordenador.

O episódio ocorreu no último dia 30 durante um almoço. A mãe conta que o menino sumiu enquanto o casal se servia no buffet do restaurante. Após perguntar aos clientes, ela soube que a criança havia sido levada por um garçom para o lado de fora, onde estava chorando.

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