PM permanece no campus da USP, e estudantes prometem passeata
Concentração está marcada para as 10h em frente à reitoria do campus da zona oeste. Estudantes e funcionários organizam marcha até a avenida Paulista às 12h
Publicado 10/06/2009 - 09h43
Depois da intervenção da Polícia Militar contra trabalhadores e estudantes, o campus da zona oeste da Universidade de São Paulo (USP) teve a segurança reforçada na manhã desta quarta-feira (10). Um novo protesto está marcado, com concentração em frente ao prédio da retoria, seguindo até a avenida Paulista (zona centro-sul) às 12h. O Sintusp também planeja se reunir pela manhã no local.
Em greve há 37 dias, os funcionários reivindicam reajuste salarial e readmissão de diretores do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) demitidos. Os estudantes protestam contra a presença da PM no campus e defendem revisão das mudanças no vestibular. Parte dos docentes também aderiu à paralisação depois da chegada da Tropa de Choque ao local, na última quinta-feira (4).
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O Hospital Universitário prometeu para a manhã desta quarta o balanço oficial de feridos, mas até às 9h30 não prestou a informação à Rede Brasil Atual. A PM informou que cinco policiais foram feridos. Pelo menos cinco estudantes também sofreram ferimentos. Diversos manifestantes ouvidos pela Rede Brasil Atual fizeram referências à repressão do período da ditadura militar.
Na internet
Nos sites Orkut e Twitter, os debates a respeito a ação e da presença da PM no campus se acirram. No Flickr, frupos de manifestantes publicaram fotografias dos protestos.