Polícia do Rio prende acusado de ser ‘tubarão’ de quadrilha de ingressos

Ray Whelan, diretor de empresa associada à Fifa e responsável por venda de bilhetes que abastecem cambistas, estava no hotel Copacabana Palace ao ser detido

Fernando Frazão/ABr

Whelan foi levado do Hotel Copacabana sem oferecer resistência

São Paulo – A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na tarde de hoje (6), o empresário Ray Whelan, suspeito de ser um dos principais membros ou mesmo o chefe do esquema de venda ilegal de ingressos para os jogos da Copa do Mundo. Ao ser preso, Whelan estava no hotel Copacabana Palace. Segundo a polícia, ele é diretor da empresa Match, associada à Fifa, responsável pela venda de ingressos.

O promotor Marcos Kac, da 9ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério Público, disse que Whelan não resisitiu à prisão e estava acompanhado pelo advogado de sua empresa. O caso está sob segredo de Justiça.

Na semana passada, a polícia prendeu o francês de origem argelina Mohamadou Lamine Fofana, acusado de chefiar o grupo criminoso que atuava há quatro copas e dono da empresa Atlanta Sportif International.

O delegado responsável pela investigação, Fabio Barucke, da 18ª DP da Polícia Civil, afirmou que as informações do advogado José Massih foram essenciais para se chegar ao nome de Whelan e que Massih foi “imprescindível para chegarmos nessa pessoa”. Massih é ligado a Lamine Fofana e suspeito de ser o “braço direito” do argelino.

Quando prendeu Fofana, o promotor afirmou que havia um “tubarão” na mira da polícia. “O Lamine era um peixe grande. Agora, estamos à caça do tubarão da Fifa, que seria um contato responsável pelo repasse dos ingressos”, afirmou na ocasião.

Após a deflagração da Operação Jules Rimet na semana passada, que desbaratou a quadrilha, a Fifa, por meio do diretor de Marketing da entidade e responsável por ingressos, Thierry Weil, divulgou comunicado declarando que a entidade “está apoiando as autoridades locais em suas investigações contra as atividades de cambistas e a venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo da Fifa”.