E o Jornal Nacional não noticiou!

Tem cabimento telejornais esconderem uma notícia de interesse público como o corte histórico das taxas de juros nos bancos públicos? Pois o Jornal Nacional da TV Globo escondeu. Na segunda-feira […]

Tem cabimento telejornais esconderem uma notícia de interesse público como o corte histórico das taxas de juros nos bancos públicos?

Pois o Jornal Nacional da TV Globo escondeu. Na segunda-feira (9), a Caixa Econômica Federal anunciou em entrevista coletiva que vai cortar as taxas de juros pra valer. O Banco do Brasil já havia anunciado medidas semelhantes na semana passada. A notícia interessa ao público, mas desagrada ao patrocinador do telejornal, um dos maiores bancos privados do país, o Bradesco.

Vá lá que o JN evitasse citar marcas de outros bancos concorrentes do patrocinador, mas no mínimo deveria dizer que um banco (que é do governo federal) anunciou cortes significativos das taxas.

Aliás, o Jornal Nacional tem uma relação intensa ccom os bancos privados. Tanto que seu nome foi dado em razão de seu primeiro patrocinador, o extinto Banco Nacional, de Magalhães Pinto. Na época, 1969, era prática comum colocar o nome do patrocinador nos telejornais: Repórter Esso, Ultra-notícias etc.

A velha imprensa é golpista, mas quem paga a conta são os bancos. Se a velha mídia apoiou o golpe de 64, os banqueiros não ficaram atrás, inclusive financiando não só o golpe, mas também a tortura. Como na operação OBAN.

Aliás, cabe lembrar que o primeiro governador a declarar o golpe foi o mineiro Magalhães Pinto, cujo banco fez do noticioso da Globo, um programa completamente dócil e servil à ditadura.