Diário do Bolso

Esse assunto do MEC já tá me enchendo o saco

Diário, cá entre nós, o que é que tem meus pastores cobrarem um dizimozinho?

Ilustração: Ivo Minkovicius
Ilustração: Ivo Minkovicius

As pessoas são muito ingratas, Diário. Olha só, por exemplo, o prefeito de Bonfinópolis, o Kelton Pinheiro. Meus pastores ofereceram pra ele um desconto de 50% na propina e, em vez do Kelton ficar quelton, abriu o bico.

O pastor Arilton disse pro Kelton que, em vez de R$ 30 mil, ia cobrar só R$ 15 mil pra “protocolar” o projeto. Uma pechincha, pô!

Além disso, o Kelton kontol que o Arilton pediu que ele comprasse mil bíblias do pastor Gilmar por R$ 50 cada.

Mas o Kelton não gostou dessa conversa e ainda ficou chateado porque o Arilton disse: “eu preciso do pagamento hoje, porque vocês políticos não têm palavra, vocês não cumprem com o que prometem”.

Pô, vai ficar chateado porque o Arilton disse uma verdade? O que a gente mais faz é não cumprir o que promete, talkei?

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Enfim, Diário, esse assunto do MEC já tá me enchendo o saco. Vou ter que negar três vezes trinta que eu nunca falei pra darem uma mãozinha pro Gilmar e pro Arilton, como o Milton deixou escapar naquela gravação. E vou ficar repetindo que boto a cara no fogo pelo Milton, mesmo que ele tenha levado os pastores em voos da FAB com ele.

Diário, cá entre nós, o que é que tem meus pastores cobrarem um dizimozinho?

É a própria Bíblia quem diz: “Ouremos ao senhor!”.

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