Diário do Bolso

Escutei um podcast sobre mim, meus eleitores e uma coisa chamada ‘diçonância coguinitiva’

Esse treco aí é quando uma pessoa acredita numa coisa e essa coisa não é o que a pessoa acredita. Aí tem um conflito entre duas crenças

Aprofa / CC
Aprofa / CC

Diário esses dias eu escutei um podcast chamado Rádio Escafandro. Eu entrei porque pensei que era sobre pesca, mas não era. Era sobre mim, meus eleitores e uma coisa chamada “diçonância coguinitiva” (não sei se é assim que escreve).

Esse treco aí é quando uma pessoa acredita numa coisa e essa coisa não é o que a pessoa acredita. Aí tem um conflito entre duas crenças. Por exemplo, um cara vota num político que diz que vai acabar com o Centrão. Mas depois esse político diz que sempre foi do Centrão e bota o Centrão no centro do governo. Isso dá um piripaque na cabeça do cara e ele tem que dar um jeito de ajeitar a bagaça.

Pelo que eu entendi, uma da saída dos fãs piripaquentos é “dobrar a fé”. Arranjam uma desculpa, tipo: “ele precisou se aliar ao Centrão porque o STF quer derrubar ele”, ou “a esquerda não deixa ele trabalhar, então a única saída foi ficar do lado do Centrão”.

Outra saída é um tal de “raciocínio motivado”, onde o cara tenta tirar a credibilidade de quem tem um argumento contrário ao dele. Por isso que os meus minions chamam a Globo de Globolixo.

Uma coisa que achei interessante num estudo de psicologia que eles contaram lá (e olha que eu não gosto de psicólogo, porque eles cismam que eu sou maluco) é que os 25% mais burros se acham muito inteligentes. E os 25% mais inteligentes se acham meio burros.

Um psicólogo disse até que “Quanto mais ignorante uma pessoa é, mais confiante ela fica no que pensa ser a verdade”. Não sei porquê, nessa hora eu me lembrei da Ana Paula do vôlei. Grande comentarista de política e medicina!

Leia também: A melhor coisa que inventaram é esse tal de sigilo de 100 anos. Tô usando isso à beça

Pessoas de direita tendem a memorizar mais imagens que geram medo. Viés de negatividade. Jesus sofrendo. Jesus sorrindo não ia fazer o menos sucesso.

Tem um cérebro meio diferente: amigdala direita, responsável pelas sensações de medo, são maiores nas pessoas de direita.

Os caras vão da esquerda para a direita.

Explica também que os de direita têm medo de mudança, e por isso que não gostam de ciência, porque a ciência muda tudo, e muda até de certezas. Viva a Terra Plana, pô!

Agora vou ouvir outro podcast chamado “Eu gosto é de vara”. Esse, sim, deve ser de pesca.

Torero

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