Tem umas coisas que preciso me lembrar hoje na entrevista pro ‘Jornal Nacional’
Uma delas é dizer que no meu bolso jamais entrou um real de corrupção
Publicado 22/08/2022 - 12h31
Diário, hoje, na entrevista pro Jornal Nacional, tenho que me lembrar do seguinte:
– dar um jeito de falar de religião;
– usar as palavras “pátria”, “família” e “liberdade”;
– dizer que no meu bolso jamais entrou um real de corrupção;
– ir com um terno novo;
– se perguntarem sobre o MEC, dizer que isso é problema do ex-ministro da educação;
– se perguntarem sobre o escândalo das madeireiras, dizer que isso é problema do ex-ministro do meio-ambiente;
– se perguntarem sobre o orçamento secreto, dizer que isso é problema do presidente da Câmara;
– se perguntarem sobre laranjas, dizer que isso é problema do ministro da agricultura;
– se perguntarem sobre a “gripezinha”, dizer que isso é problema do ministro da saúde;
– se perguntarem sobre inflação e desemprego, dizer que isso é problema do ministro da economia;
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– se perguntarem do viagra dos generais, dizer que o Bonner foi largado pela Fátima porque não dava no couro;
– falar que o Outro é cachaceiro;
– falar que eu sou o Messias;
– se a coisa complicar, lembrar que a Globo apoiou o golpe de 64;
– e, se me chamarem de Tchutchuca do Centrão, levantar e ir embora.