Diário do Bolso

Diário, hoje é dia da Consciência Negra. Nos outros dias é da Consciência Branca, kkk!

O meu governo tem feito muito pra acabar com esse mimimi sobre racismo. Pra começar, tem o Sérgio Camargo na Fundação Palmares. E mais um monte de outras coisas, talkei?

Arquivo pessoal/Facebook
Arquivo pessoal/Facebook
Sérgio Camargo é negro de alma branca e acabou com esse negócio de homenagear artista. Agora vamos homenagear mais militares e policiais

O meu governo tem feito muito pra acabar com esse mimimi sobre racismo. Porque racismo, se a gente para de falar nele, ele deixa de existir, talkei?

Pra começar, escolhi o Sérgio Camargo para a Fundação Palmares. Ele é um negro de alma branca. Tanto que acabou com esse negócio de homenagear gente tipo aquele Milton Nascimento. Chega de artista! Agora vamos homenagear mais militares e policiais.

E também fiz um monte de outras coisas:

1) Acabei com o Juventude Viva, um programa de combate ao homicídio de jovens.

2) Não implementei a tal da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Os negros não precisam disso. Olha só cada zagueirão que tem por aí.

3) Acabei com o Comitê de Articulação e Monitoramento do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Esses trecos com nome comprido nunca são boa coisa. Só servem pra atrapalhar. Ainda mais se tem palavras tipo “comitê” e “monitoramento”.

4) Cortei a verba da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Agora é menos de 20% do que era no tempo do Lula. E cortei também a verba da Fundação Palmares pra uns 10% ou 15% do que era. Vamos gastar dinheiro com o que interessa, pô!

5) Outra economia: o dinheiro gasto com as comunidades quilombolas caiu de R$ 26 milhões, no tempo da Dilma, para R$ 5 milhões comigo. A escravidão já acabou, cacete, não tem mais nada que ter quilombo por aí.

6) E vetei uma lei que mandava o governo fornecer cesta básica, sementes e materiais agrícolas pros quilombolas. É cada um por si, talkei? Não posso previligiar, quer dizer, priveligiar, quer dizer, prevelegiar, bah!, o que eu quero é dizer que não posso favorecer nenhuma cor, pô. Nem branco, nem preto, nem amarelo e muito menos vermelho. Só o verde, que é do exército, kkk!

Diário, com essas minhas medidas aí, tenho certeza de que a coisa no Brasil nunca vai ficar preta, kkk!

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PS: Preciso lembrar de agradecer ao Pelé pela camisa autografada que ele me mandou. E agora chega de escrever, que eu tenho que comprar umas carnes pra churrasco no Carrefour. A segurança deles é ótima.


Torero