Dicionário Castelo
NORDESTINO: se tem destino no nome, pode dar um rumo do país
Mas tem sempre aquele que destrata nordestinos. São os descerebrados, que vêm crescendo no mundo inteiro, que merecia outro destino
Publicado 15/10/2022 - 13h00
Cláudia Motta
O Dicionário Castelo da Língua Portuguesa é elaborado pelo lexicógrafo e humorista Carlos Castelo. Traz verbetes, entradas, neologismos e, não por acaso, reflexões e é atualizado semanalmente na RBA. A palavra da semana é NORDESTINO, s. Por ter destino no nome, aquele que sempre muda o rumo do país. Confira outros verbete da semana.
- ASSEXUADO, adj. O ateu da libido.
- ASSÍRIO, adj/s. Sírio que perdeu a nacionalidade.
- BOOKTUBER. Indivíduo que indica leituras sem ler.
- CANIBAL, adj/s. Pessoa que come índio com banana e diz que só se alimenta de pão com Leite Moça.
- CASPA, s. Ideias em pó.
- CÉREBRO, s. Órgão que faz com que uma minoria de humanos pense. Em muitos indivíduos, o cérebro fica na cabeça. No entanto, em alguns casos, pode estar no estômago, no intestino e até nos órgãos sexuais. Os descerebrados também existem e vêm crescendo, no mundo inteiro, em progressão geométrica.
- DAMARES. Uma Marine Le Pen que não sabe o que é uma caneta.
- ESCULTURA, s. Selfie irreversível.
- FAMA, s. Qualquer rosto num template do Canva.
- FREVOADA, s. Prato da cozinha brasileira preparado com feijão temperado escoltado por linguiça, paio, charque, toucinho e acompanhado de frevo.
- HOMEM, s. completa incompletude.
- NOBEL DE LITERATURA. Premiação que agracia escritores desconhecidos.
- PALINDROMISTA, adj/s. Pessoa que vive de provar o contrário.
Carlos Castelo é jornalista, publicitário, escritor, poeta e humorista. Foi um dos criadores do grupo musical paulistano Língua de Trapo. É autor de 14 livros, entre crônicas, aforismos, poesia e romance policial.