mais do mesmo

Kotscho: ‘Nem as moscas mudam no pós-Dilma’

O jornalista Ricardo Kotscho analisa a possível base aliada de um governo peemedebista, caso concretizado o impeachment, e nota poucas mudanças na montagem ministerial

memória/ebc

Kotscho: ‘Esta guerra política não tem data para acabar. Parece o carnaval baiano’

247 – O jornalista Ricardo Kotscho classificou nesta terça-feira, 26, como “mais do mesmo” o perfil do governo Michel Temer, caso o Senado aprove o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Leia a íntegra.

“Na montagem do novo ministério, até agora, encontramos a mesma sopa de letrinhas da “base aliada” que serviu aos governos FHC, depois a Lula e Dilma: PMDB, PP, PSD, PTB, PSB, DEM, PPS… Afinal, é o que temos. Nem as moscas mudam”, afirmou. “Vejam os nomes: Romero Jucá, que foi líder dos governos do PSDB e do PT e é o principal articulador político de Temer; Henrique Eduardo Alves, até outro dia ministro de Turismo de Dilma, que deve voltar para o mesmo posto, e Eliseu Padilha e Moreira Franco, que foram ministros da Aviação Civil; Ricardo Barros, do PP, que chegou a ser convidado para assumir a Saúde antes da votação do impeachment e votou com a oposição. E por aí vai”, acrescenta.

Kotscho conta também que o PSDB, dividido entre a ocupação ou não de cargos, cogita o nome do presidenciável José Serra tanto para a Fazenda (se Meirellles não aceitar) como para o ministério da Educação.

“Na reta oposta, já se preparando para comandar a oposição, o ex-presidente Lula usou palavras duras em discurso durante encontro da Aliança Progressista, em São Paulo, que reuniu 20 partidos de 17 países nesta segunda-feira: ‘Aqui no Brasil vai ter muita luta. Esperem que viveremos momentos de combate democrático. Houve um pelotão de fuzilamento comandado pelo que há de mais repugnante no universo da política'”, lembra o jornalista.

“Na última pesquisa Ibope, 62% dos eleitores declararam que querem novas eleições presidenciais este ano. Como vemos, esta guerra política, que começou na campanha eleitoral de 2014, não tem data para acabar. Parece o carnaval baiano.”