Diário, nossa feiquenius de ontem foi que a Rainha Elizabeth está tomando ivermectina contra a covid. A mentirinha espalhou mais que pum em elevador. A grande divulgadora foi a Carla Zambelli, que tá sempre pronta a espalhar essas coisas (as feiques, não os puns).

A notícia feiqueniusística é que o médico da rainha falou numa entrevista pruma tevê australiana que ela está tomando Stromectol, um remédio feito à base de ivermectina.

Mas, na realidade, a reportagem não é com o médico da rainha (é um médico comum, de plebeus mesmo) e ele só diz que alguns novos remédios poderiam ajudar pacientes na faixa etária dos noventa anos, que é a faixa da Rainha. Mas ele não fala em ivermectina. Nem em Stromectol. A reportagem é que colocou a imagem de Stromectol para cobrir a fala do médico.

O tal doutor pediu para a tal tevê australiana tirar a reportagem do ar. E a Carla Zambelli também já apagou o post dela. Só que agora não adianta. A feiquenius já se espalhou pelas cabeças das pessoas que nem piolho (que, aliás, pode ser tratado com ivermectina. Será que é isso que chamam de ironia? Nunca entendo esse negócio).

O importante, Diário, é que, se 22% das pessoas acreditaram que eu evitei a Terceira Guerra Mundial, muito mais gente vai acreditar que a Rainha Elizabeth tomou ivermectina.

Tão até dizendo que eu que eu passei em Londres na volta da Rússia e aconselhei a mulher a tomar a ivermectina. Eu gosto disso: cada um que reconta a história aumenta um ponto. Boato é uma criação coletiva, talkei?

Aliás, dizem que a Beth está até querendo me tornar cavaleiro real. Mas andar de cavalo mexe com as minhas tripas. Vou pedir pra ser só motoqueiro real, que é mais leve, kkk!

#diariodobolso

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