Base aliada sólida, de olho em interesses futuros

O vice-presidente Michel Temer negou nesta sexta-feira (15) dificuldades políticas nas relações entre o governo e a base aliada no Congresso Nacional, que classificou de “muito sólida”, segundo a Agência […]

O vice-presidente Michel Temer negou nesta sexta-feira (15) dificuldades políticas nas relações entre o governo e a base aliada no Congresso Nacional, que classificou de “muito sólida”, segundo a Agência Brasil. “O Brasil vai indo bem”, disse.

Ele avalia episódios como as mudanças no Ministério dos Transportes, envolto em denúncias de corrupção e desvios de conduta, seguidas de descontentamentos do Partido da República (PR) são ” pequenos acidentes de natureza política”. Esse tipo de situação é avaliado como menor por que são normais e superados rapidamente.

De acordo com Temer, quando há algum problema num ministério, imediatamente há uma solução. “E a base governamental está muito sólida. Não há nenhuma dificuldade na relação do governo com a base governista”, ressaltou o vice-presidente.

A solução, no caso do Ministério dos Transportes, foi a aprovação sem resistências da continuidade do PR no comando da pasta. Primeiro, Dilma convidou o senador Blairo Maggi (MT) para o cargo. Ele negou, alegando impedimentos legais, por ter parte de suas empresas cujos serviços são contratados pelo governo.

Em seguida, a presidenta efetivou o secretário-executivo do ministério, Paulo Sérgio Passos, funcionário público de carreira, de formação técnica adequada e, ao mesmo tempo, filiado ao PR – partido responsável por indicar o sucessor.

A manobra deu um sinal rápido à sociedade, por mostrar disposição para resolver problemas e afastar suspeitos de corrupção. E serviu também para acalmar os ânimos dentro do PR. O partido, ao mesmo tempo em que pressionava para manter o “território” conquistado dentro do Executivo, também não pretendia se indispor com Dilma, que herdou de Luiz Inácio Lula um Congresso mais homogêneo e com a maior base governista desde os tempos de regime militar.

Isso porque, com tamanha representatividade – e também porque a oposição não dá mostras de conseguir articular uma candidatura de peso – é de se esperar que a atual presidenta seja o nome mais forte para as eleições de 2014. Melhor, portanto, continuar aliado.