guerra ineficaz

Presidente das Filipinas confessa que é um assassino

Desde a posse de Rodrigo Duterte, 5000 pessoas, acusadas de tráfico ou simplesmente de uso de drogas, foram mortas

Keith Bacongco/Flickr CC

Política de Duterte na Filipinas vem causando horror em grupos de defensores dos direitos humanos

Desde que assumiu o cargo em 30 de junho, o presidente filipino Rodrigo Duterte vem promovendo uma guerra implacável contra o narcotráfico e os usuários de drogas, indiscriminadamente.

Desde então, 5000 pessoas, acusadas de tráfico ou simplesmente de uso de drogas, foram assassinadas, em grande número por comandos paramilitares, verdadeiros esquadrões da morte, incentivados pelo governo.

Esta política de Duterte, um boquirroto no estilo Trump, que já tratou o presidente Obama a palavrões, vem causando horror em grupos de defensores dos direitos humanos.

Para completar o quadro, ele recentemente declarou, em alto e bom som, que matou pessoalmente traficantes e drogados. O gesto foi interpretado como uma mensagem aos policiais: “Se até eu fiz isto, por  que vocês não podem imitar-me?”

Duterte se elegeu com cerca de 35% dos votos. As eleições filipinas dispensam um segundo turno. Ganha quem obtêm mais votos no primeiro.

É difícil precisar quem votou por ele. Mas certamente são pessoas que acreditam nesta demagogia anti-establishment que hoje corrói o mundo em todos os quadrantes. Não que os establishments mundiais mereçam maior confiança. Mas estamos entregues mundialmente a este frenesi de fazer justiça pelas próprias mãos.