Fifa, libere a tapioca no Recife!
Petição pede que capital pernambucana tenha comida típica liberada em estações de metrô e arredores da Arena Pernambuco, durante a Copa
Publicado 22/05/2014 - 15h13
Um dia depois de virar alvo de polêmica por ter registrado “pagode”, como se fosse sua marca de alto renome, a Fifa esbarra em outro conflito com a, digamos, “brasilidade”. Independentemente do registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), a disputa envolve a tapioca.
A exemplo do que aconteceu com as baianas do acarajé nas cercanias da Arena Fonte Nova, em Salvador, um abaixo-assinado pede a liberação das barraquinhas de tapioca em Recife. Um abaixo assinado movido na plataforma Change.org, é destinada ao governo do estado de Pernambuco e, mais especificamente, a sua Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo 2014 (Secopa/PE). O objetivo: autorizar a venda da tapioca nas proximidades da Arena Pernambuco.
No caso do Acarajé, uma petição similar ajudou a garantir a inclusão da iguaria feita de feijão fradinho no óleo dendê no projeto de alimentação da parte soteropolitana da Copa. O acarajé tinha, como trunfo, o fato de ser reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A defesa da tapioca prega a valorização e divulgação do prato como patrimônio imaterial pernambucano, ainda que seja encontrada e preparada de norte a sul do país. Derivada da macaxeira (ou mandioca, ou aipim), a farinha usada como base no preparo teria uma procura extra importante, movimentando a economia local, especialmente mulheres e agricultores familiares.
A petição, criada por Jeanete Magalhães Viegas, professora turismo da Faculdade Integrada do Recife. Até a tarde desta quinta-feira (22), eram 9,8 mil assinaturas pedindo pela tapioca na Copa.
Em setembro de 2013, o escritório brasileiro da Fifa em Recife chegou a requisitar informações adicionais para tentar sensibilizar a sede suíça. No início de maio, ela foi liberada no interior da arena. Faltam as redondezas.