A partir desta sexta-feira (17), São Paulo recebe a mostra Marguerite Duras: escrever imagens, com programação de nove curtas e longas metragem com direção ou roteiro da escritora, roteirista, dramaturga e diretora francesa. A mais conhecida incursão dela no cinema é o roteiro de “Hiroxima, meu amor”, dirigido por Anan Chesnais, que completa 50 anos em 2009.

A mostra corre até quinta-feira (23), sempre no Cinesesc, com direito a um colóquio chamado Diálogos entre o cinema e o teatro em Marguerite Duras, na quarta (22), às 19h30. Maurício Ayer, pesquisador da obra cinematográfica de Duras e curador da mostra, e o escritor e dramaturgo Jorge Lescano se encontram com o público para discutir as duas faces menos conhecidas da obra de Marguerite – o teatro e o cinema.

“É um cinema raro, de uma mulher que soube transgredir todas as regras que a limitavam sua investigação dos sentidos e desrazões do estar no mundo”, escreve Ayer. “Aliás, Marguerite se aproveitou dessas transgressões para aguçar sua caneta e potencializar sua escrita. Mas isso vale não só para a sua obra, suas invenções provocadoras ultrapassam em muita as questões de linguagem e vão fundo na sua vida pessoal”, sustenta.

O curador da mostra acredita que Duras foi uma provocadora nos costumes, por sua vida sexual, e na política, com crítica feroz tanto ao stalinismo do Partido Comunista Francês quanto da direta.

Marguerite Duras: escrever imagens

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