na câmara

Gestor paulista garante que racionamento não é melhor saída para crise hídrica

Ao admitir que a crise foi intensa e sem precedente histórico na região metropolitana de São Paulo, Ricardo Araújo alertou que a situação pode se repetir

Luiz Alves/Câmara dos Deputados

Araújo diz que medidas resultaram em economia de 56% na quantidade de água produzida pelo Cantareira

São Paulo – O coordenador da Unidade de Gerenciamento de Programas de Mananciais do Estado de São Paulo, Ricardo Guilherme Araújo, afirmou ontem (12), em audiência pública na Comissão Especial da Crise Hídrica no Brasil, na Câmara dos Deputados, que o racionamento não é a melhor alternativa para se combater a falta de água no estado.

Ele disse que algumas medidas emergenciais adotadas pela Sabesp, como a implantação de um programa de bônus ao consumidor que economizar água, a transferência de água entre sistemas, a realização de obras para utilização de volumes mortos e a criação de um programa de controle de perdas, possibilitaram economia de 56% na quantidade de água produzida pelo sistema Cantareira.

Garantiu que a situação da crise hídrica está controlada, mas ressaltou a necessidade de os governos passarem a ter uma atenção maior a respeito do assunto.

Ao admitir que a crise foi intensa e sem precedente histórico na região metropolitana de São Paulo, alertou que a situação pode se repetir. “Precisamos reforçar os esquemas de segurança hídrica, os sistemas de abastecimento de água, para que assim possamos evitar problemas maiores no futuro.”

A superintendente de Segurança Hídrica do Estado do Rio de Janeiro, Rosa Maria Formiga Johnsson, disse que o seu estado também tem conseguido lidar com os problemas da crise hídrica, mas afirmou que a forma como esses recursos são geridos no Brasil ainda é evocada.