Estudo do IPT garante comércio sustentável para a Europa

A preocupação com resíduos tóxicos auxilia o desenvolvimento de conceitos de sustentabilidade aliados aos processos produtivos

O Centro de Metrologia em Química do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) já examinou mais de três mil amostras de componentes de eletroeletrônicos e eletrodomésticos desde que começou, há três anos, a verificar os níveis de substâncias restritivas nos produtos exportados para a comunidade europeia. A preocupação com resíduos tóxicos auxilia o desenvolvimento de conceitos de sustentabilidade aliados aos processos produtivos. 

O trabalho é feito para que as empresas exportadoras possam atender às exigências da diretiva RoHS (Restrictions of the use of Certain Hazardous Substances – Restrições ao uso de Certas Substâncias Prejudiciais), que entrou em vigor em 1º de julho de 2006 e aplica-se aos países europeus.

As restrições da norma abrangem o controle de chumbo, cádmio, cromo hexavalente, mercúrio, bifenilas polibromadas (PBB) e éteres difenílicos polibromados (PBDE). Para essas substâncias e elementos químicos, o valor de referência permitido deve ser inferior a 1.000 mg/kg, exceção feita ao cádmio, para o qual a tolerância é de 100 mg/kg.

Segundo o IPT, em três anos de testes houve uma melhoria na qualidade dos produtos e uma sensível evolução da indústria nacional quanto à preocupação no atendimento à diretiva. Além da Europa, Japão, China e EUA já adotaram o padrão da norma.

Os parâmetros foram determinados em função do dano que esses elementos podem causar à saúde e bem-estar do consumidor, e também ao meio ambiente após o descarte do produto.