São Paulo – A área desmatada na Amazônia no mês de maio foi de 268 Km². O estado com maior ocorrência de desmatamento foi o Mato Grosso, com 93,7 km², seguido por Rondônia, com 67,9 km², e Pará, com 65,5 km². Os dados deveriam ter sido divulgados na semana passada, mas apenas nesta quinta-feira (30) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) tornou públicas as informações.

Em relação a maio de 2010, quando os satélites apontaram 109,58 km² de desmatamento, houve aumento de 144% no ritmo da derrubada da floresta. No entanto, por causa da cobertura variável de nuvens, o Inpe não recomenda esse tipo de comparação.

A principal questão é a possibilidade de perdoar o desmatamento ocorrido em áreas de quatro módulos fiscais, além da pressão para que sejam anistiadas as multas aplicadas até 2008, transmitindo ao produtor rural a mensagem de que novas infrações serão perdoadas mais adiante.A perda de florestas em maio representa um número 44% menor que o registrado em abril pelo Inpe, de 478 km². Este índice foi 472,9% superior a abril de 2010, ano em que o Brasil atingiu o menor nível de desmatamento da série histórica iniciada em 1988. O Ibama, o Ministério do Meio Ambiente e até a presidenta Dilma Rousseff, neste caso a portas fechadas, atribuíram a forte elevação ao clima de impunidade provocado pelas mudanças em estudo no Código Florestal.

De janeiro a maio de 2011, o Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) já aponta 880,18 km² de área desmatada em toda a Amazônia Legal (todos estados da Região Norte e parte do Maranhão e de Mato Grosso).

A dois meses do fechamento do calendário oficial do desmatamento (que vai de agosto de um ano e julho do outro), os dados do Deter mostram tendência de aumento da taxa anual de desmate. Entre agosto de 2010 e maio de 2011, a derrubada acumulada foi de 2.116,8 km², frente a 1.567 km² registrados no período anterior (agosto de 2009 a maio de 2010).

Com informações da Agência Brasil