Dados do monitoramento da soja na Amazônia serão divulgados nesta quinta-feira

São Paulo – O governo federal e representantes de diferentes setores da sociedade civil anunciam nesta quinta-feira (13) os dados sobre o monitoramento do plantio de soja na Amazônia. O […]

São Paulo – O governo federal e representantes de diferentes setores da sociedade civil anunciam nesta quinta-feira (13) os dados sobre o monitoramento do plantio de soja na Amazônia. O descumprimento do acordo entre entidades produtivas, organizações não governamentais e Ministério do Meio Ambiente resulta na perda de mercados preciosos. 

A grande expectativa é saber se todas as empresas que aderiram à chamada moratória da soja seguem cumprindo o compromisso, ou seja, se adotam práticas de produção em consonância com a lei ambiental. “As empresas, ao perceberem que estão sendo reconhecidas como produtoras de soja em áreas que não estão sendo desmatadas, podem servir como “exemplo” para outras moratórias e produtores”, analisa Cássio Franco Moreira, coordenador do Programa Agricultura e Meio Ambiente do WWF Brasil.

A ONG, ao lado do Greenpeace e de outros representantes da sociedade civil, deu início à ideia em 2006, com a assinatura dos primeiros acordos. O setor reconhece que a entrada do Ministério do Meio Ambiente, em 2008, deu mais visibilidade e força à estratégia de luta contra o desmatamento. De lá para cá foram assinados vários Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) entre supermercados ou sojicultoras, ministério público estadual ou federal e organizações. 

Foi criado e ampliado também o Grupo de Trabalho da Soja, que reúne estas mesmas entidades na discussão de novas medidas para aperfeiçoar o combate ao desmatamento na cadeia produtiva do setor.

Além da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o encontro de quinta-feira em Brasília terá representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, responsáveis por 90% da produção. Entre as ONGs participam Greenpeace e WWF Brasil, que deram início ao projeto de moratória.

Os integrantes da sociedade civil avaliam que as próprias empresas têm se dado conta de que o respeito à legislação ambiental é interessante do ponto de vista do retorno financeiro. No mercado nacional há cada vez mais exigência com a origem do produto, mas é no mercado internacional que se vem ganhando mais espaço à medida que a soja brasileira fica associada a uma imagem de respeito à natureza.