Maio tem 72 mil vagas formais. Governo cita expansão, mas com perda de dinamismo
Mercado de trabalho
Publicado 21/06/2013 - 15h27
São Paulo – O mercado formal criou 72.028 empregos em maio, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgados na tarde de hoje (21). Foi o resultado mais fraco desde outubro, excluído o mês de dezembro, que historicamente é sempre negativo. Para meses de maio, o desempenho é o pior pelo menos desde 1998, último dado disponível. No ano, o país tem acréscimo de 669.279 postos de trabalho com carteira assinada (alta de 1,69% no estoque). Em 12 meses, foram abertas 1.017.750 vagas, crescimento de 2,6%. No governo da presidenta Dilma Rousseff, de janeiro de 2011 até maio foram criados 4.226.311 postos.
Em nota, o MTE diz que o resultado de maio “mantém a trajetória de expansão, porém revela uma perda de dinamismo quando comparado com os resultados do mesmo mês dos anos anteriores”. Para o ministério, esse comportamento “pode ser justificado, em parte, em função de um possível deslocamento da demanda por trabalhadores para os próximos meses, em razão do cenário internacional, associado a redução da expectativa dos agentes econômicos”.
Apenas no mês passado, boa parte do resultado foi determinada pela agricultura, que abriu 33.825 empregos formais (alta de 2,13%). O setor de serviços criou 21.154 vagas com carteira (0,13%) e a indústria de transformação, 15.754 (0,19%). A administração pública teve acréscimo de 2.850 (0,32%), enquanto a construção civil fechou 1.877 postos de trabalho (-0,06%). Para o MTE, a queda na construção pode ser consequência, em parte, do encerramento de obras ligadas à Copa “e a outros contratos de construção de edifícios”.
Justamente a construção tem a maior alta percentual no ano: crescimento de 4,09%, o correspondente a 127.328 empregos criados. Perto da metade das vagas abertas (45%) veio do setor de serviços: 304.032 (alta de 1,87%). Outros 175.193 vieram da indústria (2,13%), 53.595 (3,4%) da agricultura e 29.496 (3,38%) da administração pública. O comércio eliminou 30.731 postos de trabalho.
O estoque de empregos formais soma aproximadamente 40,2 milhões, sendo 16,5 milhões em serviços, 8,9 milhões no comércio, 8,4 milhão na indústria, 3,2 milhões na construção civil e 1,6 milhão na agropecuária.