Baixada

Cubatão prorroga por uma semana suspensão de decreto que limita caminhões na cidade

Ecovias se compromete a monitorar o tráfego nos limites municipais e nova reunião é marcada para dia 11

Danilo Verpa/Folhapress

Prefeita diz que município não pode responder sozinho pela demanda do Porto

São Paulo – Após longa reunião na noite de ontem (4), a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), prorrogou a suspensão, por mais uma semana, do Decreto 10.048/2013, que regulamenta o horário de funcionamento dos pátios de caminhões que atuam no município.

Segundo a prefeitura, a Ecovias, concessionária responsável por operar o sistema Anchieta-Imigrantes, comprometeu-se, por meio de seu diretor-superintendente, José Carlos Cassaniga, em monitorar o tráfego de caminhões nos limites municipais. A medida tem o objetivo de evitar que o congestionamento chegue aos primeiros cinco quilômetros próximos aos pátios reguladores locais. Pelo acordo, se o limite for atingido, a concessionária deverá fazer o controle imediato da descida dos caminhões no planalto, conforme sugeriu a prefeita na semana passada.

Outra medida considerada importante, no médio prazo, é a instalação de novos pátios reguladores em cidades próximas e principalmente no trecho de planalto, antes da descida da serra. O decreto da prefeitura, que limita o horário de funcionamento dos pátios de caminhões das 8 horas às 18 horasprovocou enorme congestionamento de caminhões que seguem em direção ao Porto de Santos.

Marcia Rosa suspendeu a medida dia 28.Na ocasião, a prefeita declarou, em entrevista à RBA, que a situação se tornou insustentável e que o município não pode responder sozinho pelo ônus da demanda criada pelo tráfego em direção ao porto de Santos. Para ela, o governo estadual também deve responder pela situação, por conceder à Ecovias o serviço das principais rodovias de acesso ao porto, Anchieta e Imigrantes.

Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (11), às 16h, na qual se pretende avaliar as medidas tomadas por prefeitura e Ecovias.

Participaram da conversa representantes do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp Cubatão), Ecovias, Polícia Rodoviária, Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e Associação Comercial e Industrial de Cubatão (Acic).

“Foi uma reunião tensa, difícil, mas percebi vontade dos protagonistas neste momento em resolver o problema. Não se tem ainda nenhuma solução definitiva, que de fato proteja a população”, afirmou Marcia Rosa. Para ela, apesar do emprenho, ainda faltam propostas concretas por parte dos envolvidos que participaram da reunião. Se os problemas persistirem ou piorarem, Marcia ameaça fechamento das atividades do Ecopátio, um dos mais importantes pátios reguladores da região, do grupo Ecovias.