Trabalhadores são temas de exposição e filmes no Memorial da América Latina
Nas carvoaria, nos canaviais, nas minas, nos rios, nas greves, nos centros e nas periferias. Até de 2 junho, eles estão em cartaz
Publicado 10/05/2013 - 12h09
Até dia 2 de junho, os trabalhadores ficam em cartaz na Galeria Marta Traba, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Além de imagens feitas por fotógrafos que acompanharam de perto vários movimentos grevistas, a exposição 1° de Maio também mostra a triste realidade do trabalho infantil e dos que são submetidos ao trabalho escravo. Entre as obras, estão fotos feitas por João Roberto Ripper e por sua Agência-Escola Imagens do Povo, que formou fotógrafos na Favela da Maré, no Rio de Janeiro.
O olhar afiado e ao mesmo tempo delicado de Ripper captou a foto em que uma mulher dá um singelo beijo em um homem em meio a fumaça insalubre de uma carvoaria. Egberto Nogueira clicou o perfil tristonho de um menino colhendo fumo ao lado de um adulto. Iatã Cannabrava retratou periferias de várias cidades da América Latina.
De terça a domingo, das 9h às 18h, com entrada pelos portões 1, 2 e 5. Grátis
Na exposição, a riqueza do universo do trabalhador também é ilustrada pelo cartunista argentino Luiz Trimano e pelo fotógrafo suíço Jean-Claude Wicky, que documentou a vida de mineiros na Bolívia. Além deles, participam da exposição coletiva trabalhos de João Bittar, Renato Stocker, Ricardo Alvez, Cristian Sepúlveda, Mayerling Garcia, Flávio Meyer e Livia Buchele.
Cinema operário
Trabalho também é o tema da primeira mostra do Cineclube Latino-Americano, que inicia suas atividades no Memorial nesta semana e tem sessões às terças e quintas-feiras.
Programação:
9/5– Terra Sem Pão, de Luis Buñuel, 1932 (Espanha) / A Quem Pertence o Mundo?, de Bertold Brecht, 1932 (Alemanha)
14/5– A Terra Treme, de Luchino Visconti, 1948 (Itália)
16/5– Os companheiros, de Mário Monicelli 1963 (Itália)
21/5– A Greve, de Sergei Eisenstein, 1925 (União Soviética) – apresentação seguida de debate com o professor Giovai Alves (Unesp)
23/5– A Classe Operária Vai ao Paraíso, de Elio Petri, 1971 (Itália – foto acima)
28/5– A Patagônia Rebelde, de Hector Oliveira, 1974 (Argentina)
30/5– Atas de Marusia, de Miguel Littín, 1976 (Chile)
As sessões do Cineclube Latino-Americano são sempre às terças e quintas-feiras às 20h, no Espaço Vídeo do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro.
Os ingressos individuais custam R$ 5, mas quem se associa à entidade paga R$ 20 mensais, com direito a quatro ingressos.
Entrada pelos portões 8, 9 e 12 do Memorial da América Latina, na Barra Funda.