Paulo Paim propõe antecipar parte do reajuste do salário mínimo de 2012
Paim lembrou que o mínimo terá reajuste próximo de 14% em janeiro de 2012 e propôs que o Congresso concorde em antecipar para agora parte desse percentual (Foto: Waldemir Barreto/Agência […]
Publicado 09/02/2011 - 15h09
Paim lembrou que o mínimo terá reajuste próximo de 14% em janeiro de 2012 e propôs que o Congresso concorde em antecipar para agora parte desse percentual (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Brasília – O senador Paulo Paim (PT-RS) propôs em plenário, nesta quarta-feira (9), que parte do reajuste do salário mínimo previsto para o próximo ano, de cerca de 14%, seja antecipado para 2011. De acordo com o senador, poderiam ser antecipados em torno de quatro pontos percentuais, de modo que o aumento neste ano fosse maior.
“Se a economia foi bem no ano passado, se os empresários faturaram bem, não tem sentido não dar agora qualquer aumento real para o salário mínimo. Em janeiro do ano que vem, o mínimo deverá subir cerca de 14 %. Por que não antecipar agora uma parte disso?”, questionou.
Segundo Paim, as centrais sindicais estão dispostas a negociar o reajuste do salário mínimo, mas o Executivo decidiu encerrar as discussões depois de anunciar que aceita um aumento de apenas R$ 5. As centrais sindicais pedem R$ 580 e o governo aceita dar R$ 545, depois de ter enviado ao Congresso uma medida provisória fixando o valor em R$ 540.
Paulo Paim refutou as alegações de governistas de que aumentos mais elevados para o salário mínimo poderão “quebrar” a Previdência Social. “Não adianta vir para cima de mim com essa conversa, porque isso não é verdade.” O senador gaúcho criticou o Congresso por aceitar o que ele chamou de “imposição” do Executivo sobre o reajuste, observando que, se o Parlamento não pode mexer na proposta do governo, “então é melhor fechá-lo”.
Ele conclamou o novo presidente Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), a colocar em votação o projeto, já aprovado pelos senadores, que acaba com o fator previdenciário, dispositivo que reduz as aposentadorias concedidas pelo INSS aos trabalhadores mais novos. Paulo Paim considerou a lei que criou o fator previdenciário “a mais perversa já feita no Brasil contra os trabalhadores”.
Fonte: Agência Senado
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