Moradores continuam apreensivos com a guerra entre traficantes na zona norte do Rio
Brasília – A aparente tranquilidade nos bairros de Vila Isabel e do Engenho Novo não manhã de nesta quarta-feira (21) não foi suficiente para disfarçar o medo dos moradores com […]
Publicado 21/10/2009 - 18h23
Brasília – A aparente tranquilidade nos bairros de Vila Isabel e do Engenho Novo não manhã de nesta quarta-feira (21) não foi suficiente para disfarçar o medo dos moradores com os conflitos entre os traficantes rivais e a polícia, na região. Na noite de ontém (20), no Morro São João, dezenas de famílias abandonaram suas casa temendo uma invasão dos traficantes do Morro dos Macacos.
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A dona de um comércio na entrada do morro, no Engenho Novo, que não quis se identificar, disse que os parentes que vivem no alto do morro estão assustados e não querem voltar para a casa. “Ontem à noite vieram minha filha, meus netos e bisnetos baterem aqui em casa. E estão todos aqui ainda, esperando a poeira baixar”, disse
Moradora do bairro de Vila Isabel desde que nasceu, há 64 anos, a aposentada Maria Lúcia tem evitado sair de casa, localizada numa das entradas do Morro dos Macacos. “Estou lavando a entrada [da casa] rapidinho, pois está muito suja, mas não tenho saído de casa, pois a qualquer momento pode começar outro tiroteio, né?”, disse a moradora que não quis informar o sobrenome.
A polícia militar não confirmou as informações de tentativa de invasão do Morro São João. O policiamento na região foi reforçado. Desde a invasão do Morro dos Macacos, no sábado (17), mais de 30 pessoas morreram, entre elas 3 policiais militares que estavam num helicóptero atingidos por tiros e que explodiu ao tentar um pouso forçado. Até o momento, segundo a PM, foram apreendidas 33 armas, três granadas e 15 pessoas foram presas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, as cinco escolas e quatro creches da região estão funcionando, mas em cinco estabelecimentos nenhum aluno apareceu. O que não foi o caso de Valdelice Souza, moradora de Vila Isabel, que por falta de opção teve que levar as netas para uma das creches da região. “A gente precisa trabalhar e não tem com quem deixar as crianças”, disse.
Fonte: Agência Brasil